15 - Raivosa

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Matteo Delacroix

Já fazia uma semana que eu e Madelaine tínhamos nos casado, naquele plano maluco que eu tive e nem acreditava que realmente tinha dado certo

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Já fazia uma semana que eu e Madelaine tínhamos nos casado, naquele plano maluco que eu tive e nem acreditava que realmente tinha dado certo. E estava tudo indo bem, mas sabia que a ruiva que estava na minha casa já estava agoniada, e eu sei bem que Mad não é uma mulher de se prender e pedir pra esperar, e é por essa razão que estou estressado agora, ela não dormiu em casa e isso está me tirando do sério, por que minha mãe me enche de perguntas e eu não sei responder porra nenhuma.

— Quer um café? — a voz da Yara soa pelo meu escritório e eu ignoro sem olhar pra ela, apenas discando o número de Mad mais uma vez.

— Alô — sua voz sonolenta soa pelo celular.

— Porra Madelaine, em que buraco você se enfiou? — digo sem paciência alguma.

— A bateria acabou, não consegui avisar que não ia voltar pra sua casa — ela diz e eu me levanto empurrando a cadeira.

— E onde está agora?

— Na casa de um cara... eu acho — ela diz e eu nego fechando o punho.

— Eu te pedi pra não fazer isso, não dava pra esperar um tempo? Tem que fuder com alguém?

— Matteo, não me enche — ela diz estressada.

— Se alguém que eu conheço te vê com alguém Mad, eu estou ferrado. Então não me complica porra.

— Eu não fiquei com ninguém, só achei alguns amigos Matteo.

— Claro que sim, foi exatamente isso — digo e ouço ela rosnar pela ligação.

— Pensando bem, nem sei se volto pra sua casa hoje, aqui está ótimo.

Ela diz desligando na minha cara e eu nego com raiva encarando a porra do celular e solto ele na mesa, me apoiando nela, tentando não perder o resto da calma que havia em mim.

— Matteo?

— Fala caramba — me viro de uma vez e vejo Yara se assustar e atrás dela estava um dos meus melhores clientes.

Yara sai da sala me deixando com o meu cliente e seu advogado e eu respiro fundo, passando a mão sobre meu cabelo enquanto caminho até minha cadeira, me sentando.

🍂 Madelaine 🍂

— Gata — o loiro diz.

— Eu preciso ir — digo pegando minhas botas, e me sentando em sua poltrona para calça-las.

— O que? Mas, ainda é oito da manhã e nem curtimos — ele diz e eu concordo.

— Quem sabe na próxima gatinho.

Digo beijando sua boca, pegando minha bolsa e saindo do seu apartamento, nem me lembrava o nome dele pra ser sincera, só sei que ele é muito gato e pagou várias bebidas pra mim ontem, que bebi com moderação, já ele bebeu demais e nos arrastamos até seu apê com o dia amanhecendo, e ele estava tão bêbado e chapado de maconha, que dormiu antes mesmo de "tentar" transar comigo, e eu achei ótimo, não queria transar, não estava tão afim assim.

Apenas queria um lugar diferente pra dormir, já que o quarto do Matteo me dava tédio.

E depois de sua ligação, me irritando logo pela manhã, eu já estava pra dizer umas verdades pra ele, se ele pensa que me fez vim a Boston pra não pegar ninguém, com medo da sua bela reputação, ele está enganado que obedecerei, não sou passarinho pra viver em gaiola, nem mesmo os passarinhos querem gaiola, quem dirá eu.

E assim que chego na mansão, saio do táxi notando que o carro dele não estava ali, e agradeço mentalmente, entro notando Geórgia me encarar.

— Madelaine — ela me chama e eu nego indo pra escada.

— Outra hora sogrinha — digo subindo depressa e ouço ela dizer um "Atrevida" e ignoro.

Entro no quarto do Matteo, e tiro minha roupa e as botas e decido tomar um banho demorado, lavando todo meu cabelo, e ouço a porta do quarto e rolo os olhos achando que era a Geórgia e abro o box tirando a água do cabelo e saindo do banheiro sem roupa mesmo.

— Olha, eu estou tomando banho pode por favor me deixar em paz ao menos um pouco? — digo pingando água no chão enquanto encaro o Matteo — Matteo — murmuro surpresa.

E ele deixa suas chaves na mesa sem tirar o olhar de mim, e quando ele desce o olhar pelo meu corpo que tenho noção que estou nua, e nego voltando pro banheiro batendo a porta, me escorando nela.

— Merda — murmuro fechando os olhos e passando a mão no rosto, caminho até a ducha e desligo o chuveiro.

Me enrolando na toalha e secando o cabelo com outra, e quando saio do banheiro ele não está ali e agradeço, visto um short curto e uma camisetinha preta e penteio meu cabelo, e pelo espelho vejo ele aparecer e se escorar na porta do closet enquanto me observa.

— Pensei que fosse sua mãe — me explico e ele concorda.

— Eu percebi — sua voz soa rouca.

— Vai querer discutir agora ou mais tarde? — pergunto deixando a escova de cabelo no closet e ele me encara.

— Sabe que está errada — ele diz e eu franzo o cenho encarando seus olhos pretos e penetrantes e sorrio sem acreditar.

— Estou errada?

— No nosso combinado dizia exatamente que devia evitar isso, ficar com outros caras Madelaine, pode me trazer problemas, você carrega meu sobrenome.

— Carregar seu sobrenome não me faz ser sua Matteo.

— Mas para os outros, faz.

— Ok — cruzo os braços e ele me olha ainda sério — não vou mais sair, nem pegar ninguém, mas você... fará o mesmo, e me levará pra sair quando me der vontade, pois ficar na mansão sem nada pra fazer, não me agrada.

— O que? — ele ri meio sem entender.

— Qual parte não entendeu?

— Não viaja Mad.

— Você pode sair, transar e dormir com quem quiser e eu não posso? Se é pela reputação ok, prezamos pelas dois lados.

— Ninguém em Boston te conhece.

— Conhecem você, e se sabem que está casado, sabem quem sou, e se eu não posso aparecer pegando ninguém, você também não pode, não vim a Boston passar por fama de corna.

— Não vou ficar sem transar por um mês e meio — ele diz se virando de costas e eu rolo os olhos indo atrás dele.

— É difícil quando é sua pele que está queimando né?

— Chega — ele nega e eu continuo atrás dele.

— Não vai mais dormir fora, se quer transar com sua secretária que transe no seu escritório — dou de ombros e ele me olha se sentando na cama — e vai me levar pra sair hoje.

— Vou?

— Vai.

Matteo me olha de cima abaixo e concorda com aquele sorriso sínico dele.

REDLOVE / A cor mais quenteOnde histórias criam vida. Descubra agora