28 - Assustada

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Matteo Delacroix

Yara rebola em meu colo enquanto beijo sua boca sentindo o gosto doce do batom dela e ouço ela gemer, e cair cansada sobre meu peito, encaro o relógio sobre minha mesa e beijo seu ombro, estou atrasado para o jantar

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Yara rebola em meu colo enquanto beijo sua boca sentindo o gosto doce do batom dela e ouço ela gemer, e cair cansada sobre meu peito, encaro o relógio sobre minha mesa e beijo seu ombro, estou atrasado para o jantar.

— Preciso ir — digo meio que cansado e ela me encara.

— Dorme no meu apartamento de novo — ela pede beijando minha boca.

— Minha tia veio da França para visitar minha mãe, se eu não aparecer no jantar hoje, ela vai encher minha paciência.

— Tem certeza que está preocupado com a hora por causa da sua mãe?

Yara pergunta saindo do meu colo e vestindo sua roupa e eu subo minha calça, me levantando da cadeira, ignorando sua pergunta.

— Me disse que não teve nada com sua amiga, Madelaine — ela continua — mas é bem estranho você e ela dividirem o quarto a um mês e não acontecer nada.

— Não é qualquer garota, é minha melhor amiga, o que tem demais em dividir o quarto com ela?

— Não sente atração?

Ela pergunta e eu nego, abotoando minha camisa, e pensando na ruiva, e era uma das minhas maiores mentira, Mad é gostosa pra caralho, claro que eu sinto atração por ela, mas não iria confessar isso para a garota que eu costumo transar à meses.

— Estranho, logo você que não costuma deixar nenhuma garota bonita passar despercebido.

— Eu já disse, Madelaine é minha amiga.

— E muito bonita — ela diz e eu passo a mão no meu cabelo o ajeitando e concordo.

— Ela é bonita, mas a respeito.

— Me liga mais tarde? — ela pede e eu não respondo, apenas pego minhas coisas e beijo seus lábios antes de sair.

Sabendo que a essa hora minha tia já estava na mansão, e eu estava encrencado, não só por causa da minha mãe, mas por Madelaine que me mandou mil mensagens.

🍂 Madeleine 🍂

Morena, alta e bem magra, porte de modelo, e não dá pra realmente acreditar que ela tenha mais de cinquenta anos, ela me observa ainda sorrindo e bebendo seu suco.

— Tem uma aparência magnífica Madelaine — ela diz e eu sorrio.

— Eu digo a ela, ela é muito bonita — Geórgia diz e eu a olho, desde quando ela me acha bonita?

— Obrigada — agradeço e ela assente.

— Então meu sobrinho está na empresa?

Ela pergunta e Geórgia concorda, e me lembro do Matteo e a raiva volta, eu disse a ele pra chegar cedo e não me deixar sozinha com Geórgia e a tia dele, que é educada por sinal, mas o medo dela ser uma megera foi grande, odeio fazer sala para os parentes dele sozinha.

— Ele continua como o pai dele — Geórgia diz e a Gardênia me olha.

— Não saíram em lua de mel? — ela pergunta e eu nego.

— Não, deixamos pra depois — respondo e ela observa quando mexo em meu cabelo.

— Planejaram o casamento? — ela pergunta e eu molho os lábios e concordo.

— Ele me pediu em casamento, e quis tudo rápido — sorrio sem jeito e ela assente pensativa.

E logo a empregada trás alguns lanchinho, e faço uma careta ao sentir cheiro de sushi, mas disfarço bebendo a água em meu copo e coloco na mesinha e vejo Gardênia ainda me olhar.

— De quantos meses está? — ela pergunta enquanto sorri.

— Oi? — pergunto, não havia entendido.

— Cabelo brilhoso, pele perfeita, se enjoando com cheiros, de quantos meses está?

— Não estou entendendo — digo e Geórgia me encara meio que surpresa.

— Está grávida querida, não está?

Ela diz e eu sinto meu ar faltar, e começo a ri assim que nego, e ela franze o cenho sem entender.

— Ela não está grávida Gardênia — Geórgia responde.

— É, não estou — digo sorrindo e Gardênia continua me olhando e eu desfaço o sorriso e nego.

Grávida? Óbvio que não, eu me cuido e saberia se estivesse, e... que dia do mês é hoje? Entre os pensamentos eu tento me lembrar da minha última menstruação, o que não lembro direito já que parece ser um dia tão distante que não me recordo, engulo seco e Geórgia e Gardênia me encarando só me deixa mais nervosa, e quando Matteo chega com um buquê de flores, e nos vê, eu nego sem saber o que fazer, eu quero fazer a droga de um teste pra tirar essa maluquice delas da minha cabeça.

— Com licença — digo me levantando, e Matteo me olha preocupado e eu subo a escada correndo, entrando no quarto dele e batendo a porta.

Passo a mão no cabelo andando de um lado para o outro, e decido finalmente pegar meu celular e ir no meu aplicativo que me ajuda a acompanhar meu ciclo, e pelo que vejo era pra minha menstruação vim a uma semana. Ok, uma semana não é muito, talvez atrasou por causa da falha na medicação que tive, mas uso camisinha, não falha, não falharia comigo... fecho os olhos me lembrando da última vez que eu e o Matteo transamos e não me recordo de usarmos camisinha, e quando ele abre a porta do quarto eu sinto meu coração bater rápido demais, me fazendo negar.

— O que aconteceu? Você está bem? — ele se aproxima e eu nego soltando meu celular no chão do quarto — Madelaine, você está pálida.

— Eu não estou legal — digo e ele se aproxima deixando o buquê de flores sobre a cama, e segurando meu rosto enquanto me analisa.

— Comeu hoje? — ele pergunta e eu seguro sua mão e tiro do meu rosto, indo até a sacada, tentando respirar um ar mais calmo.

— Se lembra da última vez que transamos?

— Por que a pergunta?

— Depois da festa do Ícaro — o lembro e me apoio na sacada e me viro pra ele — usou camisinha?

Matteo franze o cenho, fica pensativo e me olha novamente, ele não usou, como eu já esperava.

— O que aconteceu, acha que... pode ter acontecido algo? — ele pergunta e vejo em sua voz que ele começava a ficar preocupado como eu.

— Sua tia acha — digo colocando as mãos em meu rosto, subindo elas até meus cabelos e ele escora na sacada, sem dizer nada, e nós dois nos sentamos ali, calados, pensativos e com muito, muito medo.

REDLOVE / A cor mais quenteOnde histórias criam vida. Descubra agora