Nós caimos no chão, Harry murmurou palavras desconexas antes de se virar de barriga para cima.
- Harry! Alexander!
Dumbledore apareceu andando rapidamente, me apoiei no chão tentando me levantar mas meu braço - possivelmente quebrado - piorava a cada instante.
Harry largou a Taça, mas segurou Cedrico mais junto dele e com mais força, ergueu a mão livre e agarrou o pulso de Dumbledore, enquanto o rosto do bruxo saía de foco e tornava a entrar.
- Ele voltou - sussurrou Harry. - Ele voltou. Voldemort.
- Que está acontecendo? Que está acontecendo?
Eu me afastava tentando manter o máximo de distância da roda de pessoas que se formava ali, mas logo senti braços ao meu redor, e a voz chorosa de minha mãe chegou em meus ouvidos.
- Meu Deus, Diggory! - murmurou Fudge - Dumbledore, ele está morto!
Essas palavras foram repetidas, as sombras que se comprimiam ao redor deles as exclamaram para as mais próximas... depois outras as gritaram - guincharam - para a noite "Ele está morto!", "Ele está morto!", "Cedrico Diggory! Morto!".
- Harry, solte-o - ouvi Fudge dizer, e logo em seguida Harry começou a ser puxado, mas ele resistia cada vez mais.
O rosto de Dumbledore, que continuava borrado e difuso, se aproximou.
- Harry, você não pode mais ajudá-lo. Terminou. Solte-o.
- Ele queria que eu o trouxesse de volta - murmurou Harry - Ele queria que eu o trouxesse de volta para os pais...
- Certo, Harry... agora solte-o...
Dumbledore se curvou e ergueu Harry do chão e o pôs de pé - "Que foi que houve?", "Que aconteceu com ele?", "Diggory está morto!".
- Ele precisa ir para a ala hospitalar! - dizia Fudge em voz alta. - Ele está mal, está ferido, Dumbledore, os pais de Diggory estão aqui, estão nas arquibancadas...
- Eu levo Harry, Dumbledore, eu o levo...
- Não, eu prefiro...
- Dumbledore, Amos Diggory está correndo... está vindo para cá... você não acha que deve lhe contar... antes que ele veja...?
- Harry, fique aqui...
Todos pareciam gritar, eu fui puxado para cima e gritei de dor quando meu braço foi apertado. Várias pessoas querendo saber o que havia acontecido a Cedrico.
- Que aconteceu, meninos?
- A Taça era uma Chave de Portal - disse Harry, enquanto todos caminhavam para fora da arena - Nos levou para um cemitério... e Voldemort estava lá... Lorde Voldemort...
- O Lorde das Trevas estava lá? Que aconteceu depois?
- Matou Cedrico... mataram Cedrico...
- E então?- Preparou uma poção... recuperou o corpo dele...
- O Lorde das Trevas recuperou o corpo? Ele voltou?
- E os Comensais da Morte vieram... depois nós duelamos...
- Você duelou com o Lorde das Trevas?
- Escapei... minha varinha... fez uma coisa engraçada... os fantasmas... eles saíram da varinha dele...
Logo eles já estavam na enfermaria, Minerva se aproximou ficando em pé de frente para maca em que estavam.
- Meninos, eu preciso que me digam o que aconteceu.
Harry estava visivelmente mais abalado que eu, então me coloquei a falar sem perceber que mais pessoas entraram na enfermaria.
- Depois de enfrentar alguns monstros, Harry ajudou Cedrico a escapar do feitiço que Krum tentou jogar nele, e depois ambos ficaram em um tipo de batalha sobre quem era mais digno de ficar com a Taça, eu me estressei e peguei a taça eu mesmo e dei a ideia deles segurarem juntos pra empatarem, quando seguraram a Taça de tornou uma Chave de Portal e fomos levados até um cemitério.
Minerva me olhou apreensiva, e meus pais se aproximaram de mim.
- Encontramos Peter Pettigrew lá, ele lançou um Avada Kedavra em nós, Harry me puxou pra desviar mas Cedrico foi acertado. Logo após isso, Harry havia sido preso em uma pedra e Rabicho trouxe Voldemort de volta - eu omiti a parte que o Lorde falou comigo e me marcou - Os Comensais apareceram lá, não conseguimos ver quem eram, e logo Harry e Voldemort já estavam duelando. Resumidamente, foi isso.
McGonagall assentiu brevemente e logo se afastou dando lugar para Madame Pomfrey cuidar de meus machucados, Harry balbuciava coisas para um outro professor. Pomfrey engessou meu braço quebrado e colocou curativos sob meus machucados.
- Está liberado! - seguiu para cuidar Harry.
Passei pelos pais e pelos meus irmãos que agora conversavam com Harry e dei de cara com meus amigos, Draco tomou a frente me segurando contra seu corpo tomando cuidado com meu braço engessado.
Retribui o aperto me sentindo seguro nos braços dele e automaticamente meus olhos começaram a lacrimejar. Quando nos separamos, Draco examinou meu rosto e dedilhou meu machucado com carinho.
- Eu sinto muito - juntou nossas testas - Eu devia ter percebido que aquele não era o professor Moody, se eu tivesse percebido...
- Não foi culpa sua, nem eu sabia que não era ele e só fui perceber depois.
Draco abriu os olhos, e seu olhar se encontrou com o meu, ele parecia tomar coragem para falar algo, apertou os olhos uma última vez antes de dizer:
- Eu amo você! - eu o olhei com os olhos arregalados - Eu amo você, eu amo muito você. Eu estava perdido sobre meus sentimentos mas essa situação onde eu quase perdi você...
- Eu também amo você - interrompi, Draco aparentemente não esperava que eu também falaria essas palavras, mas ele sorriu e juntou nossos lábios. Naquele momento nos esquecemos que não estavamos sozinhos, foi o primeiro beijo que trocamos agora que sabiamos que amavamos um ao outro.
Um pigarrear fez com que nós dois nos separassemos e olhamos na direção do som, Harry havia parado de falar e todos os encaravam.
Ron estava pálido, de longe ele era o mais afetado da sala.
- O que significa isso? - Arthur bradou.
- Nós estamos... juntos. Eu acho.
- Estamos - Draco afirmou e eu o olhei sorrindo, atrás de nós Daphne fazia um som empolgado.
- Vocês são tão fofos! Tudo bem que eu esperava que vocês assumissem o relacionamento em outra hora, mas essa vibe meio livro de romance foi perfeita.
Me soltei de Draco e caminhei até minha melhor amiga que ainda não havia falado nada.
- Ast...
Ela começou a chorar e eu a puxei para mim em um abraço, estavamos alheios aos olhares que foram lançados a mim minutos antes. A morena se afastou pegando meu rosto com as duas mãos como se chegasse se eu estava bem mesmo.
- Eu fiquei tão preocupada, quando soubemos com quem você estava, tivemos medo de que ele fizesse algo ruim com você.
- Crouch não fez nada além de me jogar no labirinto, de certa forma foi até bom, consegui fazer ele falar sobre aquele assunto.
Astoria me olhou desacreditada.
- Garoto? Nós estávamos quase morrendo de preocupação com você, e o bonito lá batendo papo?
- Acontece - sorri de lado.
- Acho que você tem um problema - olhou por cima do meu ombro, segui seu olhar e vi minha família olhando para mim com expressões variadas - Boa sorte amigo!
- Vou precisar - resmunguei caminhando até minha família e lançando um olhar, que eles entenderam e imediatamente caminharam para fora da enfermaria.
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I Wanna Be Yours || Draco Malfoy
FantasyDesde pequeno, Alexander Weasley achou que seria igual aos seus irmãos. Seus sete irmãos que eram gentis, amigáveis e corajosos, todos seguindo as tradições da família. Até que com onze anos, sua vida toma um rumo diferente quando na cerimônia do c...