Capítulo 62

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Com a admissão de Firenze, Umbridge pareceu ficar ainda mais irada com tudo e todos. Ela se sentiu desafiada e isso fez com a vida de todos virasse um pesadelo.

Ela continuou monitorando todas as aulas e dando palpites desnecessários, o centauro era até que um professor muito bom, os alunos gostavam dele e um bônus era que Umbridge parecer ter medo dele, pelo menos um pouco.

-- O Professor Dumbledore teve a bondade de providenciar esta sala de aula para nós - disse o centauro, quando todos se calaram - Imitando o meu hábitat natural. Eu teria preferido ensinar a vocês na Floresta Proibida, que foi, até segunda-feira, a minha morada... mas isto já não é possível.

-- Por favor... aah... professor... - disse Parvati ofegante, erguendo a mão... - por que não? Já estivemos lá com Hagrid, não temos medo!

-- O problema não é a sua coragem - disse Firenze - Mas a minha situação. Não posso voltar à Floresta Proibida. O meu rebanho me baniu.

-- Rebanho? - exclamou Milicent confusa - Quê... ah!

A compreensão se espalhou em seu rosto.

-- Há outros iguais ao senhor? - perguntou atordoada.

-- Hagrid o criou, como fez com os Testrálios? - perguntou Dino curioso.
Firenze virou lentamente a cabeça para encarar Dino, que pareceu perceber na hora que acabara de dizer uma coisa muito ofensiva - Não... quis dizer... me desculpe - terminou o garoto com a voz abafada.

-- Os centauros não são servidores nem brinquedos dos humanos - disse Firenze com calma.

Fez-se uma pausa, então Alec decidiu fazer a pergunta que provavelmente todos queriam fazer.

-- Por que os outros centauros te baniram?

-- Porque eu concordei em trabalhar para o Prof. Dumbledore. E eles encaram isso como uma traição à nossa espécie - Agora vamos começar - disse o centauro. Ele balançou a longa cauda, ergueu a mão para o dossel de folhas no alto, então baixou-a lentamente e, ao fazer isso, a claridade da sala diminuiu; agora pareciam que estavam sentados em uma clareira ao crepúsculo, e surgiram estrelas no teto.

Ouviram-se exclamações e gritos sufocados.

-- Deitem-se no chão - disse Firenze calmamente - E observem o céu. Ali está escrito, para os que sabem ler, o destino das nossas raças.

Alec se deitou entre o namorado e a melhor amiga, ambos não pareciam muito animados em se sujarem deitando no chão. O ruivo esticou a mão entrelaçando ela com a de Draco, que na mesma hora o olhou apaixonado.

-- Sei que vocês aprenderam os nomes dos planetas e de suas luas em Astronomia, e que já mapearam o curso das estrelas no céu. Os centauros foram desvendando os mistérios desses movimentos durante séculos. Nossas descobertas nos ensinam que o futuro pode ser vislumbrado no céu que nos cobre...

-- A Professora Trelawney estudou Astrologia conosco! — disse Parvati excitada, erguendo a mão à frente do corpo para que o professor a visse no ar, uma vez que estava deitada de costas - Marte causa acidentes e queimaduras e outros problemas, e quando faz ângulo com Saturno, como agora - ela desenhou um ângulo reto no ar - Significa que as pessoas precisam ter extremo cuidado ao lidar com coisas quentes...

-- Isso - disse Firenze calmo - São tolices humanas.

A mão de Parvati caiu frouxamente ao lado do corpo.

-- Ferimentos banais, pequeninos acidentes humanos - tornou Firenze, pateando o chão coberto de musgo - No universo, eles não têm maior significação do que formigas correndo, e não são afetados pelos movimentos dos planetas.

I Wanna Be Yours || Draco Malfoy Onde histórias criam vida. Descubra agora