Capítulo 2

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De volta ao Reino

Joseph antes de qualquer coisa todos os dias ia ver a filha. Suri tinha 4 anos quando Camila foi envenenada no 7° mês de gestação. E seu último desejo foi que ele salvasse a menina. E ele tentou. Ao entrar no quarto da pequena olhou desgostoso para cadeira de rodas que havia no canto. Mas seguiu até a cama.

- Hum... – Suri suspirou se esticando ao acordar. Ela abriu os olhinhos focalizando no pai. Ele sempre estava lá quando ela acordava. – Bom dia papai.

- Bom dia, meu amor. – Disse retirando o cabelo da do rosto. – Como foi sua noite?

- Sonolenta. – Suri respondeu sapeca. Joseph sorriu.

- Sempre é. – Suri deu de ombros e ele a deu um beijo na testa.

- Vou poder sair hoje? – Perguntou. Toda manhã a mesma pergunta. E a mesma resposta.

- Não meu amor, hoje ainda não. – Joseph disse e viu a carinha dela triste. – Logo. – Prometeu.

- Logo quando? – insistiu. Joseph sorriu a menina tinha tenacidade de Camila.

- Logo. – Resumiu - Agora tenho que ir, pessoas me esperam. Logo Nina virá cuidar-te. Suri se emburrou – Não faça este bico, é para o teu bem. Dá o beijo do teu pai. – Pediu oferecendo o rosto e recebeu uma bitoquinha da menina.

- Posso dormir mais um pouquinho? -Pediu manhosa.

- 30 minutos. - Propôs, ela aceitou sorrindo – Então durma. Fique bem meu anjo. – Disse acariciando os cabelos dela. Em seguidas se levantou e saiu.

De volta a floresta...

Micaela tinha sede, fome, cansaço. Seus pés estavam feridos pela corrida, a roupa molhada pela chuva que tomara. Ela apenas olhava o céu, esperando... esperando... E o dia se fez noite. Ela quis se levantar, esperar em alerta, mas não teve forças.

- Micaela? – Ian chamou em um sussurro.

- Sou eu. Estou aqui. – Respondeu tentando se levantar. Seus pés doíam horrivelmente.

- Sou Ian. – Disse, após se aproximar. Havia uma pequena carroça ali perto. Ela nem o via chegar, vagando entra a consciência e a inconsciência. – Deus, esta pior do que eu imaginava.

- Não tive o melhor dos dias. Como conseguiste vir até aqui? – Perguntou, os olhos vendo a silhueta dele. – E os guardas?

- Vim descarregar o carvão do castelo e buscar mais lenha. Faço isso todos os dias, é esse o fato que te ajudará. Tudo bem, te apoias em mim. – Disse se abaixando.

Ian carregou Micaela até a pequena carroça. Já havia descarregado o carvão. Ele a pôs em um canto, deitada com cuidado e a cobriu com uma manta. Micaela viu pouco a pouco ele depositar lenha cortada ao seu lado, e apenas duas camadas por cima dela cobrindo-a. Por fim ele acabou.

- Machuca? – Micaela negou com o rosto. – Cobrirei teu rosto com a manta para que não vejam ao passar. Se algo acontecer, balance isto. – Disse entregando um galho seco a ela. Micaela assentiu.

Assim ele cobriu o rosto dela. Micaela esperou que parassem Ian, que a descobrissem. Mas ele não parou de andar por um bom tempo. Ela até dormiu um pouco. Foi quando, por fim ele a descobriu. Ela percebeu que o peso da lenha em cima de si havia sumido.

- Graças aos céus, pensei que havia morrido. – Micaela sorriu, fraca. – Venha. – Ian a ajudou descer da carroça, pondo-a de pé. Ela olhou em volta e viu muita madeira armazenada. Assim como uma pilha de carvão num canto. Havia uma fornalha. As paredes eram altas e tudo estava silencioso. – Precisarei cuidar de ti antes de te expor, esta muito mal. – Avaliou vendo a fraqueza dela.

Mas Micaela mal ouvia, seus ouvidos zuniam contra a verdade. Havia conseguido chegar ao castelo. Estava a salva... pelo menos de Hades.

Se entregando ao inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora