Capítulo 34

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No dia seguinte...

Micaela acordou... dolorida, cansada e confusa. Parecia que todos os seus ossos haviam se soltado, mas era uma dor gostosa. Ela se virou, se espreguiçando e deu com o rosto no peito de Joseph. Ela afundou o rosto no peito dele aspirando seu perfume, e ele suspirou abraçando-a contra seu peito. Ela riu.

- Não! – disse tentando se soltar. Quanto mais ela tentava mais ele a apertava.

-Humm... – brincou, e sorriu com o gritinho que ela deu. Ele se virou, ficando em cima dela, prendendo-a com seu peso – Bom dia, carinho.

- Nem pensar. – disse acariciando a nuca dele.

- Ia me deixar sozinho de novo. – acusou os olhos fechados, a cabeça pousada no colo dela.

- Eu preciso trabalhar. – lembrou

- Tu não precisas. – dispensou apertando-a mais contra si. Micaela arregalou os olhos, apanhando ar.

- Não posso respirar. – ela ouviu o riso rouco dele, que afrouxou o abraço – Preciso me levantar.

- Se eu digo que não precisa, não precisa.

- Volte a dormir, alteza. – mimou, acariciando o cabelo dele levemente.

- Posso fazer isso. – respondeu satisfeito

- Não em cima de mim. – reprovou rindo de leve.

- Se eu deixar, você vai embora. – resmungou.

- Eu não irei longe. – disse descendo as mãos pelo pescoço dele, lhe acariciando os ombros em seguida. Sentiu os musculo dele se ressaltarem.

- Não irá a lugar algum. – rebateu e ela sentiu os lábios dele em seu colo, passando.

- Não comece... – os lábios dele se fecharam sob o mamilo dela, de leve em uma mordida. – Joseph! – reprovou, mas ele viu a pele dela se arrepiando. Ele abocanhou o seio dela, quase inteiro, mordendo de modo faminto. Ela suspirou.

- Shh. – disse puxando-a para baixo.

- Vou me atrasar. – conseguiu dizer antes que ele a beijasse. Ela não correspondeu. Ela abaixou o rosto ocultando o rosto no peito dele, se esquivando.

- O que está fazendo? – perguntou frustrado, Micaela riu

- Não, é não. Você nunca se cansa? – perguntou exasperada. Ele era forte. Se conseguisse beijá-la, a resistência dela não duraria muito.

- Você disse que me amava. – lembrou, tentando tirá-la debaixo de si. Fazia com facilidade, mas Micaela era tão frágil, ela suspirou.

- E eu o amo. – respondeu, beijando seu peito. Sem perceber o que fazia.

- Quanto? – insistiu, desvencilhando-a, beijando a testa.

- Mais do que tudo no mundo. – murmurou. Estava perdendo a luta antes mesmo de começar.

- Então? – perguntou a voz doce, querendo seduzi-la conseguindo soltá-la de seu peito.

- Inferno. – murmurou buscando os lábios dele em um beijo. Joseph sorriu, vitorioso, abraçando pela cintura. Nada mais foi dito.

Micaela realmente se atrasou, muito. Joseph dormia novamente, satisfeito, quando ela se aprontou. Ela ajeitou as cortinas, ocultando a claridade do lado de fora. Chovia muito. O clima fico deixava ainda mais gelado. Ela apanhou mais um cobertor no guarda-roupa, o cobrindo-o. Ela se despediu dele com um beijinho no queixo, que continuou dormindo, cansado.

Se entregando ao inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora