Micaela estava resumidamente feliz, Amava Joseph. Sabia que ele não o correspondia e as vezes aquele sentimento a assustava, mas então a noite chegava e lá estava ele, nos braços dele. Não estava sobrecarregada de trabalho: Sua tarefa era cuidar de Suri em tempo integral. Ela e a menina já se amavam. Poucas semanas se passaram e toda a insegurança de Joseph desapareceu. Micaela não faria mal a Suri pelo contrário, a menina estava a cada dia mais feliz.
- Mica... – chamou a sentada em sua cama. Micaela estava juntando as bonecas no chão e a olhou. Joseph parou ao lado da porta do lado de fora. Ele sempre se fascinava em observar as duas. – Se eu te perguntar uma coisa, você me conta a verdade.
- Sempre. – disse sem entender.
- Você vai ser minha mãe? – perguntou e havia uma certa expectativa na voz dela. Isso pegou Micaela de guarda baixa. Joseph observava imóvel. Viu ela largar a boneca em uma cadeira, se aproximando da cama.
- Não bebe. – disse se sentando perto da menina. – Você já tem uma mãe.
- É, mas eu nunca a vi. Ela não gostava de mim? – Joseph já estava de cara fechada.
- Ela amava você. Mais do que imagina. – Joseph esperou.
- E por que ela nunca apareceu? Eu não posso perguntar isso ao papai, ele fica bravo. – disse encolhidinha.
- Porque alguém foi cruel com ela, mas ela sempre amou você. – disse acariciando o rosto da menina.
- Por que você não vira minha mãe? Aposto que meu papai gosta de você. – disse travessa.
- Não digas isso. – disse e Joseph sorriu ao ver o pânico no rosto dela. – Veja, eu não vou ser sua mãe. Você já tem uma, e deve amá-la assim como ela te amou. Mas, posso ser sua amiga. – disse sorrindo. – O que quer fazer agora?
- Acho que estou com fome. – disse se encostando no travesseiro.
- Fome? – suri assentiu – Ainda está longe do jantar... – ela pensou – Vou ver se trago algo para você lanchar, sim? – Suri assentiu.
Joseph saiu do caminho antes de Micaela sair. Ela sentiu o perfume dele no ar, mas não deu atenção. Foi para a cozinha. Lá preparou uma bandeja para Suri com algumas frutas, suco e sanduiches. Fazia um pouco mais de um mês que assumira a menina e só se encantava cada dia mais.
- O que está fazendo? – perguntou entrando na cozinha.
- Suri tem fome. – disse sem dar atenção a ela. A tempos não deixava Nina aborrecê-la.
- Não está no horário da refeição dela. – disse severa.
- Ela está com fome, o que quer que eu faça? – perguntou revirando os olhos.
- É por isso que ela quis você, porque tu fazes as vontades. Parece que isso funciona, tu não trabalhas mais, tens um cômodo teu... só por fazer vontades. – disse maldosa.
- Eu vi o que você fez. – disse Joseph entrando na cozinha e as duas se sobressaltaram. Micaela se virou. – Eu gostei. – se resumiu.
- Era o certo. – disse sabendo que Camila não era um assunto o qual ele gostava de dizer.
Micaela se virou para apanhar a bandeja pronta então o cheiro de suco a apanhou. Ela largou a bandeja, aquilo a causou repugnância.
- Há algo errado? – perguntou confusa. Nina a observava, também sem entender.
- Acho que isso está estragado. – disse cheirando o suco. Seu estomago se revirou terrivelmente, mas ela sabia que não podia levar nada estragado até Suri. – Não sei, o cheiro...
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Se entregando ao inimigo
Romantizm" Eu nunca pensei que conheceria meu verdadeiro amor desse jeito. Primeiro vi seu lado demônio e depois seu lado anjo" Micaela, uma formosa plebeia. Sendo perseguida e cobiçada pelo rei de seu próprio reino, sendo sua única saída fugir. Agora fugir...