Capítulo 30

572 40 1
                                    

Passou minutos ali olhando, até que ele ouviu passos apressados. Olhou a porta se abrir, logo Micaela entrou no quarto, ofegante.

- O que...? – ele não terminou a pergunta.

- Vai dar 3 da manhã. Esse castelo escuro me dá medo. – disse fechando a porta. Joseph riu gostosamente. Ela se amparou na porta respirando fundo. Ele ainda ria quando reparou nos trajes dela. O roupão tinha se aberto na corrida desesperada dela. Por baixo ela usava um corpete e um short. O rosto estava corado pela corrida, os cabelos haviam crescido, tornando uma matriz mais escura do que costumava ser.

- Veio correndo lá debaixo até aqui? – perguntou puxando conversa para observá-la.

- Só dos pês da escada. Entrei em pânico. – admitiu. Então ela viu o olhar dele seguindo suas vestes. – Ei! – ralhou fechando o roupão.

- Eu não fiz nada. – ele viu ela dando um nó apertado no roupão, arrumando-o de modo que não se visse. Tire isso.

- Não, eu estou de roupa intima. – disse ultrajada. Ela ia subir na cama, mas ele não deixou, colocando o pé até onde ela ia subir. – O que?

- Tire. – ordenou. Ela ergueu a sobrancelha – Por... por favor? – tentou e ela riu gostosamente, deixando a cabeça cair para trás. Ele sorriu.

- Uma hora tu ordenas, outra tu pedes por favor, é contraditório. – disse divertida com a situação.

- Vamos lá. – insistiu.

- Não!

- Eu estou sem camisa, qual o problema? – impôs - Carinho, não há nada em você que eu não tenha visto, se essa é sua preocupação. – Micaela erguer a sobrancelha.

- Não é não. – disse cruzando os braços.

- Certo. – disse se apoiando nos braços. Micaela arregalou os olhos.

- Ei, pare! O que está fazendo? Se deite. -disse impedindo de se levantar.

- Me faça deitar. – disse apontando para o roupão dela

Micaela o encarou por instantes, ultrajada. Era impossível! Por fim ele ergueu a sobrancelha, dando lhe um ultimato, e ela revirou os olhos, desamarrando o roupão. Ele sorriu. Ela o deixou em uma poltrona do quarto e caminhou até a cama, agora conseguindo subir.

- Está doendo? – perguntou, passando por cima dele para olhar o curativo. Continuava limpo. Joseph brincou com o feche do corpete dela. – Joseph!

- Não pude resistir. – disse como um menino que foi pego no flagra. – Não, não está doendo, nada que eu não possa suportar. – ele a apanhou nos braços, fazendo-a se deitar em seu peito. – Seu cabelo está mais escuro. – comentou beijando-lhe o rosto.

- Eu sei. – Joseph a censurou com o olhar. – Não fui eu.

- Não, imagina. – disse debochado – Mas deixamos isso para lá. Sei de algo melhor...

E ele a beijou novamente. Aquilo durou meia hora. Ele alternava entre sua boca, rosto e pescoço, as vezes ousando o decote do corpete. As velas se gastaram enquanto os dois continuavam ali, entre carinhos.

- Não seria melhor parar agora? – perguntou com a voz meio cortada, os lábios entreabertos, enquanto ele afastava a alça de seu corpete, distribuindo beijos chupados aqui e lá.

- Não gosta? – perguntou, e a voz dele rouca e baixa fez ela se arrepiar.

- Gosto... demais. – disse arrepiada. – Esse é o problema.

Se entregando ao inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora