Capítulo 18

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Micaela, como Nicolas dissera, ela estava lá. Tinha um balde perto dela e um esfregão nas mãos secava um lado do chão e esfregava com cera o outro lado, esfregando o pano com a pontinha do pé. Joseph parou um instante vendo o malabarismo.

- O que está fazendo? – ela se assustou e perdeu o equilíbrio, fazendo-se precipitar para segurá-la. – Ei!

- Me assustas-te. – disse pondo a mão no peito. – Estou limpando, o que mais?

- Duas coisas ao mesmo tempo?

- Economiza tempo. – deu os ombros – Depois de encerar aqui, ainda tenho que lustrar a prataria isso antes do almoço então... – interrompida.

- Largue isso. – disse tomando o esfregão. – Maltrata suas mãos. – disse desgostoso, beijando as mãos dela.

- Eu realmente tenho trabalho. Não me beije podem nos ver! – disse olhando em volta.

- Beijo quando eu quiser. – disse insolente abraçando-a pela cintura e enchendo-a de beijos. Ela riu.

- Exibido.

- Me escute, estive com Nina. – ele viu ela abrir os olhos em placas – Respire, ela esta viva, eu fui até justo. – disse orgulhoso. Ela ergueu a sobrancelha – Não me olhe assim, ela teve seu castigo e todos os membros estão no seu lugar. E você não fara mais nada disso, não quero que minha mulher fique se desmontando por aí.

Era a primeira vez que ele a chamava de "minha mulher" ela percebeu, ele não.

- E o que eu devo fazer, então?

- Me obedecer. – disse com um sorrisão. Micaela revirou os olhos – Certo, venha comigo.

E ele a levou. A princípio ela não entendeu quando ele a fez apanhar a badeja na cozinha, mas ele so parou quando chegaram a porta de um quarto.

- Eu... – ele respirou fundo, hesitando e a encarou. o olhar intenso de seus olhos sobre ela, como se estivesse com medo do que fazia, como se ariscasse algo valioso – Lhe abrindo essa porta estou confiando a ti o que tenho de mais preciso na vida Micaela. Aliás, eu estou lhe confiando minha própria vida. Então eu imploro não me decepcione eu não suportaria. – pediu em tom baixo. Aparentemente quem estava do outro lado não devia ouvir.

- Do que está falando? – perguntou olhando para ele confusa.

Então ele abriu a porta. Dois olhos castanhos, avelãs inocentes se focalizaram neles dois, e um sorriso imenso se iluminou no rostinho de Suri. Foi então que Micaela enfim entendeu.

O estouro foi instantâneo. Suri, se pudesse andar teria saído pulando. Micaela quase derrubou a bandeja. Joseph sentiu o pânico repentino que tivera com aquela reação. Era como se duas velhas amigas se reencontrassem.

Ele tentou dizer que Micaela pegaria as instruções com Nina depois, mas Suri não parava de beijá-lo. Micaela passou o resto do dia com a menina. Brincaram de boneca, chazinho, coloriram livros conversaram, fizeram penteados no cabelo. Sem querer, Suri fez um nó catastrófico no cabelo de Micaela, mas nada que se assuste. A noite a menina dormiu antes que o pai fosse vê-la, de tão cansada.

- Você. – disse em um sussurro, puxando Micaela para si. Não tinha visto ela o dia todo. Ela arregalou os olhos, sabendo que Suri estava atrás dela, podendo acordar. – Largue esses livros.

- Enlouqueceu? – perguntou sussurrando – Não vou largar, me largue tu!

- Tu tens me dito não demais ultimamente. – Recriminou, e tomou os livros a força. Ele repousou os livros com cuidado na mesinha perto da filha e voltou para ela que recuou - Se a acordar...- Micaela se virou, rindo e saiu correndo.

Se entregando ao inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora