Capítulo 93

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- Todos irão buscar. – Joseph tinha o rosto pálido. Sem vida. O dia morria. – Todos sem exceções. – Havia uma multidão de pessoas a frente do castelo. A rainha e a princesa sumido.

- Joseph, não podemos colocar mulheres e crianças no meio disso. – Nicolas o lembrou, mas ele sequer ouviu.

- Todos se dividiram. – se algo acontece a ela, ou a Suri. Ele não gostava nem de pensar. – Crianças não, elas não me têm utilidade. Mas os demais, homens e mulheres vão procurar sua rainha. As mulheres até a fronteira e os homens que não as encontrar, invadam a fronteira dele.

- E a objeção?

- Matem todos. Eu sou o rei, são meus súditos, me devem ordem e obediência. Essa é minha ordem, e ela será cumprida. Encontrem minha mulher e minha filha!

- Escute, não precisamos envolver civis nisso. Mandaremos apenas soldados, deixe as mulheres em casa com as crianças. – Nicolas intercedeu.

- Eu não vou perdê-la, Nicolas. Eu não posso. – ouve um alvoroço entre a multidão.

- JOSEPH! – Micaela gritou, abrindo espaços entre as pessoas entrando.

Ela foi em direção a ele, em lagrimas. O vestido em pedaços, a manta rasgada fazia proteção em Suri contra o frio. Atrás delas havia um homem completamente apavorado.

- Micaela! – ela se lançou nele, abraçando-o e ele a acolheu. – O que houve? Shh não se preocupe, já acabou. Suri?

- Estou bem, apenas com dor nos dentes. – ele franziu o cenho – Longa história.

- O que houve? – ele apanhou o rosto dela em suas mãos.

- Hades mandou que me raptassem. Que cravassem uma espada em minha barriga, e me largassem morta para que você encontrasse meu corpo. – Os olhos de Joseph se arregalaram. Nicolas rosnou incrédulo. Robert observou indignado. – Eu estava caminhando com Suri, e levei uma pancada na cabeça. Acordei em uma cabana, no meio do nada.

- Esse homem a encontrou? – ele apontou para Henry.

- Não. – ela respirou fundo – Ele quem me raptou.

- Matem. – ordenou imediatamente.

- NÃO! – Micaela e Suri exclamaram ao mesmo tempo. Micaela tentou se pôr na frente mas Joseph a manteve. Suri conseguiu escapar, abraçando Henry. Os soldados não sabiam o que fazer.

- Vamos lá, me mate para alcançar ele. – disse raivosa. Nicolas achou graça.

- Micaela o que está fazendo? – estava atordoado. Pediu aos guardas para segurá-la.

- Ele salvou minha vida, quando podia ter me matado! Joseph estou implorando, não o mate.

- Ele a raptou! – rosnou – Mate-o.

- Passe por cima de mim!

- SURI!

- Vão ter que me matar. – desafiou o pai.

- Tirem ela daí. – ordenou.

- Me dê as mãos. Não solte por nada. – ordenou a Henry. – EU CONTINUO ESPERANDO POR AQUELE QUE TIVER A CORAGEM DE PASSAR POR CIMA DA MINHA ORDEM!

- Meu deus. – Nicolas estava abismado;

- O que está acontecendo? – Vanessa descia as escadas.

- Nada. Volte para dentro. – Zach parecia tranquilo.

- Van! Van, me ajuda! – implorou. Vanessa adoraria ajudar, mas Zach quebraria seu pescoço se ela interferisse.

- O que há? Nicolas? – perguntou vendo que Zach não respondia. Nicolas a chamou com o dedo. E ela se aproximou dele, que explicou a situação.

Um dos soldados tentou soltar a mão de Suri. A menina mordeu o braço do soldado com toda força, o sangue desceu pingando no chão. O soldado recuou, atordoado. Não podia se defender, ela era a princesa.

- Suri, estou perdendo a paciência. – Avisou raivoso.

- Eu já perdi a minha faz tempo. – rebateu.

- MATEM ELE AGORA!

Os guardas avançaram e Suri olhou em volta. Vanessa a encarou e alertou "o pescoço" Suri pulou no pescoço de Henry como se fosse abraçá-lo. Ninguém podia ferir a princesa. Ela já estava toda suja de sangue, e qualquer um que se aproximasse era mordido. Micaela se debatia.

- O que aconteceu com não julgar antes de conhecer? Por favor.

Joseph parou e observou a esposa. Ele respirou fundo e olhou o alvoroço que era Suri e os soldados, tudo para proteger o maldito homem. Por fim suspirou,

- Soltem-no. Ele será julgado.

- Eu tenho sua palavra? - Suri pergunta descendo do colo de Henry – Perante todo reino, meu pai eu tenho sua palavra que não matará esse homem antes que ele tenha um julgamento justo?

- Tem minha palavra. – todos ouviram. Micaela suspiro – Prendam-no – ordenou e olhou para esposa – Soltem-na.

Micaela caminhou até Henry que estava algemado.

- Obrigado alteza – ele agradeceu sincero.

- Você poupou minha vida. Joseph está com raiva, mas não temas, não acontecerá nada com você. E como prova da minha gratidão, conseguirei asilo para você e Emma, estarão seguros aqui. – Henry chorou então se ajoelhou. – Ficara tudo bem, acredite.

- Obrigado, muito obrigado. – ele se abaixou beijando os pés dela chorando. Joseph observou, quieto.

- AGORA EU QUERO QUE ESCUTEM, TODOS! ESSE HOMEM NÃO SERÁ TORTURADO, EM NENHUMA HIPOTESE! ELE AGUARDARÁ JULGAMENTO NAS MASMORRAS E NINGUEM TOCARÁ NELE. SE EU SOUBER DE QUALQUER RELATO A PESSOA QUE HOUSER ME DESOBEDECER, SERÁ DECEPADO A MINHA ORDEM! - encerrou. Os súditos se curvaram em reverência.

- O poder da realeza está começando a dominar o sangue dela. – Nicolas comentou com Vanessa, que assentiu, divertida.

Os soldados levaram Henry. Todas as outras pessoas foram dispensadas para suas casas.

- Suri - a menina o encarou – Você está de castigo até que o sol fique negro. Não sairá do seu quarto, não verá ninguém. Suma da minha vista. – A menina passou por ele muito digna, subindo as escadarias. – E tu – disse virando-se para Micaela – Ficará deitada, em repouso até que o bebê nasça, fui claro? – ela assentiu – Suma daqui.

- Não me mande sumir – ela o abraçou, beijando-o queixo – Vou precisar de ajuda para tomar banho, me alimentar, e não quero ficar só. Venha comigo. – pediu acariciando o rosto dele.

- Por que eu não consigo dizer não para você? – perguntou com o rosto fechado, mas acariciando o rosto dela – Vamos, venha para dentro.

Tudo resolvido.... por hora.

Se entregando ao inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora