Capítulo 8

998 73 17
                                    


Micaela estava deitada em seu quarto. Dormia profundamente, mas tinha a impressão de que era observada. Abriu os olhos e Joseph estava parado no quarto, com aquele olhar estranho que parecia devorá-la.

- O que...

- Shhh. – Ordenou, e ela se calou confusa.

Ela se sentou assustada e ele avançou para a cama. Micaela sem ter para onde recuar, aguardou. Joseph avançou sobre a cama em duas passadas, a mão apanhando o rosto dela. Micaela ainda tinha aquele olhar assustado. Ele passou para cima dela sentindo o corpo frágil recebendo seu peso e a beijou.

Ela arfou, mas correspondeu o beijo. Os lábios frágeis sendo oprimidos pelos dele. As mãos dele buscaram os seios dela por cima da camisola, encontrando-os, apalpando-os. Tinham o tamanho que ele imaginará ao vê-la vestida. Ele ergueu a mão, trazendo-a ao rosto dela separando- se do seu beijo para encará-la. Ela sorriu atrevidamente para ele, as mãos buscando os botões de sua camisa que ele usava para dormir, abrindo-a.

Ele apanhou a camisola dela, removendo ao mesmo tempo que ela tirava sua camisa. Joseph a abraçou novamente, se pondo entra as pernas dela que as abriu acolhendo-o novamente. Enquanto o beijava, as mãos atrevidas percorrendo os músculos das costas dele apertando-os...

E ele acordou.

Joseph olhou a escuridão do quarto com o cenho franzido. Era o travesseiro dela. Ele o apanhou, sentindo o leve perfume floral mais uma vez. Em seguida se virou sentindo o próprio cheiro no travesseiro. Seu peito arfava. Ele não queria pensar, não queria imaginar, mas a possibilidade já se materializava em teus sonhos. Ele até imaginava qual era a sensação, e o principal: A ideia o agradava

Micaela dormiu pesadamente aquela noite, cansada. Mas Joseph não voltou a dormir, mesmo as acomodações dele sendo bem melhores que a dela. Ele pensou muito durante aquela noite. O dia amanheceu e ele estava parado, a cabeça entre os dois travesseiros. Entre o próprio perfume e o perfume dela, pensando no que era certo e no queria fazer. Micaela acordou, se banhou, se vestiu e se penteou, e foi apanhar suas atividades. Tudo como o rotineiro.

Mas...

- Senhorita Nina? – Chamou entrando na cozinha. Nina se virou sobressaltada. Joseph não costumava ir ali... a não ser com um propósito.

- Senhor?

- A garota que me serviu ontem... – interrompido.

- Micaela, senhor. – Entregou vitoriosa. Com certeza ele a mandaria colocar Micaela para fora.

- Eu sei o seu nome. – Disse quieto. – Onde ela está?

- Na... na lavanderia senhor. – Informou.

- Vá atrás dela. – Nina ia sorrir vitoriosa, mas... – Eu quero que ela me sirva o almoço hoje.

Nina ficou quieta um instante. Essa atividade era sua. Ela processou por um instante e Joseph ergueu a sobrancelha, aguardando.

- Como preferir senhor.

Micaela estava recolhendo as roupas secas colocando-as em uma cesta, para levar para engomarem. Tranquila, logo choveria. O céu estava nublado, fechado, mas ventava. Quando parasse de ventar choveria e ela queria já estar abrigada.

- Você. – Chamou. Micaela deu um pulo e a cesta escapuliu de suas mãos. Ela se apressou apanhando-a antes que caísse ao chão.

- Que susto! – Disse pondo a mão no peito.

Se entregando ao inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora