Capitulo 12

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Ian passou no quarto de Micaela apenas na manhã seguinte. A festa do aniversário de Nicolas ainda repercutia: Micaela dormiu levemente. Não soube que foi Joseph que foi ao quarto dela na madrugada tirando-lhe o livro das mãos e a cobrindo-a direito.

- Como você está?

- Vou sobreviver. – tentou brincar, sorrindo. Ian sorriu, então seus olhos focaram em algo, o livro ao lado da cama.

- Micaela, tu roubaste o livro? – perguntou se levantando em alerta.

- Não. – disse e abraçou o livro, na defensiva.

- Como não? Esse livro é da biblioteca particular de Joseph, ele não deixa que ninguém os toques, por que fez isso? – perguntou exasperado. Micaela ainda segurava o livro. – Ande, me dá!

- Não. – disse descrente.

- Eu vou tentar repor no lugar antes que ele dê falta anda, me dá. – insistiu. – Joseph a matará por esse livro, sabe disso? – ele avançou para tomar o livro dela

- Foi um presente!

Houve um instante de silencio no quarto. Ian olhou o livro luxuoso para o rosto de Micaela.

- Um presente? De quem?

- De... de mim mesma. Eu mereço, vou ler e depois reponho.

- Micaela...

- Me deixei em paz Ian! – disse exasperada. – Joseph não vai me matar por esse livro. – A certeza na voz dela quase a denunciou. Mas Ian não fez nada apenas negou com a cabeça saindo dali. Ela respirou fundo, afundando na cama.

Era noite. Madrugada para ser mais exata. A chuva açoitava as paredes, e fazia frio. No quarto de Micaela as velas estavam pela metade. Joseph estava deitado de costas na cama amparado na cabeceira com ela deitada em cima de si, as costas amparadas em seu peito forte.

Os dois estavam cobertos da cintura para baixo. Joseph tinha os seios de Micaela nas mãos confortavelmente como quem ampara ou mede o dedão a acariciando ternamente. Uma aliança dourada que não era dela, brilhava no anelar esquerdo dele, mas ela não se importava.

- Tu tens dormido alguma noite esses dias? – perguntou divertido.

- Tanto quanto tu. – disse divertida.

- Eu te canso? – perguntou beijando o ombro dela, que sorriu.

- Se eu pudesse tê-lo por ainda mais tempo, assim seria. – disse virando o rosto, oferecendo-o para ser beijado. Joseph sorriu e a beijou lentamente de modo doce. Então houve batidas na porta.

- Micaela? – era Nina sob a porta.

- Eu estou deitada. Qual o teu problema? – perguntou e Joseph mordia a orelha dela, distraindo-a.

- Doce como sempre. Preciso da tua ajuda na cozinha, ande te levanta.

- Mas é madrugada! – exclamou e colocou a mão na boca para não rir pelas cócegas em seu pescoço. A barba dele por fazer, as vezes pinicava.

- Tu não trabalhaste na festa, é justo que vá ajudar. E não vou discutir. Por que essa porta está trancada? – perguntou forçando a maçaneta da porta

- Porque estou dormindo. Tive licença para não trabalhar na festa, e tão pouco me levantarei agora. Amanhã sim, pelo amor de deus que horas são? – perguntou incrédula – Pare com isso! – sussurrou prendendo o riso. Joseph a mordia.

Se entregando ao inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora