Capítulo 41

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Já era tarde. Micaela tinha recolhido toda festa, e já havia se recolhido. Suri estava pronta para dormir, debaixo de suas cobertas.

- Está acordada? – perguntou alisando os cabelos da menina, que se virou admirada, olhando o pai. – Feliz aniversário, meu amor. – disse, oferecendo um embrulho grande que havia em suas mãos. Suri se sentou apoiando os braços, e coçou os olhinhos.

- Estou sonhando? – perguntou confusa, Joseph sorriu.

- Não. Meu anjo. Vim trazer um presente para você. – disse e Suri apanhou o embrulho desembalando-o. Era uma boneca enorme, linda de porcelana. Foi a mais cara que Joseph encontrou. Seus cabelos eram louros, e o corpo de pano. – Gostaria de ter comprado mais, mas Micaela trouxe tudo ao alcance. – ele riu de leve.

- Porque o senhor mandou trazer. – lembrou feliz – E essa é a minha preferida, porque o senhor escolheu. – disse abraçando a boneca. Joseph lhe acariciou os cabelos.

- Me perdoe por ser ausente, Suri. Você merecia um pai melhor, melhor do que eu sou. – disse, olhando-a – Me perdoe por não fazer uma festa no seu aniversário, por não fazer festas, é que eu... eu... – ele procurou palavras.

- É que a mamãe morreu no dia do meu aniversário. – disse observando-o. Joseph precisou de um instante para falar – Por isso eu não consigo andar.

- Sim. – confirmou – E eu ainda não sei lidar com isso, mas você não tem culpa. Me perdoe.

- Tudo bem, hoje o senhor veio. – disse alisando o braço dele. Joseph observou a mãozinha dela no tecido de sua camisa – Eu espero que o senhor aprenda a lidar, ainda tenho muitos aniversários. Vai dar tempo.

- Você é a melhor filha que alguém poderia ter, sabia? – ele sorriu para ela. Joseph passou para o lado dela na cama, apanhando em seu colo abraçando-a – Eu amo você – disse beijando-a testa. Micaela, que vinha verificar a menina, temendo que os doces a tenha dado dor de barriga. Percebeu que Joseph estava com ela, retrocedeu.

- Também amo você papai. – disse, tentando abraçar Joseph. Os bracinhos dela eram curtos. Joseph a abraçou forte, esmagando-a e a menina riu, alegre – Esse é o melhor aniversario de todos do mundo! – comentou, e ele sorriu enchendo-a de beijos. Micaela sorriu e saiu dali. Aquele momento não era dela, e sim deles dois.

Micaela ficou lendo em seu quarto por horas, esperando que Joseph viesse. Por fim, concluiu que ele decidiu dormir com Suri, era provável e justo. Fechou o livro e foi ao banheiro e voltou apagando as velas. O quarto estava todo silencioso quando ela ouviu a porta se fechando. Não podia ver nada, mas ela sentia a presença dele. Ficou imóvel esperando, até que ele a abraçou.

- Já não ia esperá-lo. – disse sorrindo, e ouviu o riso baixo dele, perto de sua orelha.

Joseph ficou em silencio. A boca dele mordia o pescoço dela, o queixo, os lábios, o rosto e as mãos sedentas passeando pelo seu corpo. Durou minutou onde só se podia ouvir ofegar dos dois, então ele falou rompendo o silencio.

- Quero que vá ao baile. – anunciou e Micaela arregalou os olhos.

- Enlouqueceu? – perguntou. O rosto dela dela oscilava com os beijos dele – Irão me reconhecer, sou apenas uma criada.

- Será um baile de máscaras – explicou, resumidamente – Ninguém a verá. Se alguém a vir, eu mando matar. – Micaela o estapeou no escuro. As mãos de Joseph subiram por debaixo da camisola dela, apertando a barriga, e logo se enchendo dos seios dela, que ofegou – Você irá. E não haverá mulher mais linda do que você. – concluiu.

- Está louco... Ai! – quase gritou, languida, oscilando para trás. Ele riu de novo. Micaela sentiu as mãos dele descendo por sua barriga, apanhando-a pelas coxas, e ela estava no colo dele.

- Não sou louco, apenas amo você. – resumiu e passou com ela para cima da cama. Micaela riu a com simplicidade dele – O que está fazendo? – perguntou quando ela afastou suas mãos. Uma vez rejeitado era frustrante sem poder enxergá-la.

- Shh – ele sentiu um dedo em seus lábios. Ele percebeu que ela queria se soltar e saiu de cima dela... só para rir quando ela passou por cima de si, sentando-se em seu colo. Puxou um travesseiro pondo-o deitado com a cabeça em cima. Joseph esperou – Quieto. Eu vou cuidar de você - sussurrou mordendo a orelha dele. Joseph não sabia, mas aquilo era uma tentativa de fazê-lo relaxar e esquecer o dia exaustivo que tivera.

Não era do feitio de Joseph obedecer, verdade seja dita, mas ele obedeceu. Ficou quieto, esperando. Ela tirou a camisola e ele não viu, aliás ele não estava vendo nada. Só quando ela apanhou as mãos dele, pondo-as em sua barriga nua que ele deu pela falta da peça.

- Isso pode ser interessante. – observou começando a gostar da brincadeira. Micaela riu até sentir as mãos dele apertando-o dedo encontrando seu umbigo, brincando com ele, fazendo-a sentir uma fisgada no ventre.

As mãos dele fizeram festa aquela noite. Valendo-se do fato que ele não enxergava, as mãos se fartaram nela. Micaela se inclinou tomando os lábios dele em um beijo, enquanto as mãos dele passavam pelo corpo dela. Primeiro os seios, sua atenção principal, brincando, apalpando. Depois as mãos desceram pelas costas dela arranhando-a de modo apertado, e Micaela arfou o que o fez sorrir de canto.

O final do tour foi o traseiro dela, do qual ele judiou. Apalpava, apertava e logo teve a ideia de pressioná-la contra si. Nisso Micaela gemeu. Ele deixou os lábios dela, já inchados para deixá-la respirar e desceu para o pescoço provando de sua pele. Micaela puxou a camisa dele, as unhas marcando-o sem intenção estourando os botões e uma vez livre, pressionou os seios túmidos pela pele dele. Joseph gostou da sensação. Ela se moveu no peito dele, friccionando os dois até... que as peles começaram a esquentar... e bastou.

- Não quero mais brincar. – disse meio rouco, e ela se afastou para permitir que ele se livrasse das roupas dos dois.

Joseph desviou da própria calça e o que foi feito do short de Micaela é um mistério. Os corpos dos dois se uniram em um movimento suave, natural. Enquanto ela prendeu a respiração, ele suspirou satisfeito. Micaela se abaixou novamente, beijando-o de modo demorado e se movendo devagar, permitindo que seu corpo sentisse o dele. Joseph como havia prometido ficou quieto... até onde sua força de vontade permitiu.

Quando não pode mais se conter, apertou o quadril dela, provavelmente deixando a marca e a puxou começando a guiar os movimentos do seu jeito. Depois dali nada mais fez muito sentido. Quando Micaela sentiu que estava por vir, afundou o rosto no ombro dele, mordendo-o e ele sentiu. Depois de poucos minutos foi a vez dele, que a apertou contra si, gemendo abafado e deixando cair a cabeça para trás. Após instantes ele acariciava as costas dela com as pontas dos dedos e Micaela, o peito dele, ambos abraçados.

- Você irá ao baile. – finalizou e ela não encontrou argumentos. Ela iria.

Se entregando ao inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora