— Sim, Mike. Quero que seja o meu namorado. — Eu peguei a sua mão e coloquei o anel em seu dedo, depositando um beijo ali.
— Pronto, agora namoramos. — Declarei mostrando a minha mão já com a aliança.
— É, agora namoramos. — Disse ao me encarar. Começamos a rir um para o outro sem um motivo específico. Acho que ambos aguardavam muito por esse momento.
— O que quer fazer? Vamos distrair a sua cabeça. — Perguntei enquanto me levantava.
— Quero ficar aqui, com você. — Ela limpou algumas lágrimas e estendeu a mão para mim. Ergui a minha mão, tentando a puxar para levantar, mas ela me puxou para que eu voltasse a me sentar. — Não sei se quero ir para lá.
— Tudo bem. Façamos conforme a sua vontade. — Me indireitei do seu lado. A garota deitou a cabeça em meu colo e ficou apenas me observando, o que me fez rir. — Quer falar de alguma coisa?
— Você ia fazer o pedido no baile né? — Perguntou de repente. — Acabei estragando o seu pedido.
— Que nada, acabou o tornando ainda mais significativo. — Eu queria passar a mão pelos fios de seu cabelo, mas a preocupação de desmanchar os cachos era muito maior. — E eu acho que se tivesse feito isso no meio do baile, isso não seria muito a cara dos dois.
— Isso é verdade. — Continuou a me encarar. — Você está lindo, sabia? Fica lindo de terninho. — Ajeitou um pouco a minha gravata que até o momento eu não percebi estar torta.
— Não sou só eu que estou elegante essa noite. — Beijei a ponta de seu nariz, a vendo sorrir. — Você está linda demais.
— Você é tão brega apaixonado, sabia disso? — Ela começou a rir enquanto se levantava.
— Ah, olha só quem fala. — Arqueei uma das sobrancelhas. — Fica lindo de terninho, sabia? — Imitei a sua voz enquanto ajeitava a gravata.
— Você está linda demais. — Ela forçou um pouco demais a voz, o que nos fez gargalhar de rir.
— Dois breguinhas. — Parou perto do piano, apoiando os seus braços nele. — Toca um pouquinho, vai.
— Não. — Ela arqueou a sobrancelha como se estivesse mandando, e não pedindo. — Estou brincando, minha linda. — Mergulhei o meu rosto em seu pescoço e logo fui me sentar, pensando em algo para tocar.
Comecei a dedilhar algumas notas, sem ideia alguma do que tocar.
— Nossa, o que está tocando? — Perguntou, super interessada.
— Rien. — O mesmo que "nada" em francês. — Uma sinfonia de Mike Lewis. — Ela me deu um tapa tão forte que eu senti o meu braço dolorido.
— Seu bocó. Acha que eu não sei o básico de francês? — Arqueou uma das sobrancelhas.
— Não estou subestimado o seu francês, meu amor. Nossa que mão pesada, meu Deus do céu. — Levei a mão até o local onde ela bateu, e fiz uma careta. — Por que está rindo? — Perguntei ao ver seu sorriso.
Eu sabia que ela estava sorrindo por eu ter a chamado de amor. Na verdade saiu naturalmente e eu só percebi quando saiu.
— Da sua cara de bobão. — Ela tentou disfarçar o seu sorriso.
— Eu sei porquê você está rindo. — Ela virou o seu rosto e começou a andar pela sala. — Ficou emocionada em me ouvir te chamando de amor né. — Andei atrás dela vendo a menina fingir que não me ouvia.
— Você é muito convencido. Acha mesmo que ligo pra isso? — Me questionou.
— Eu não acho, eu tenho certeza. — A abracei por trás, puxando o seu corpo para mais perto do meu quando a porta de repente se abriu, nos dando o maior susto.
— Por que você não nos avisou que a encontrou? — Vimos uma Hilary completamente fora de si de tanta raiva. Noah precisou agarra-la antes de correr atrás da gente com todo aquele furor. — Vocês são malucos? Tem noção do quanto fiquei preocupada? — Ela se debatia contra Noah.
— Calma! Eu esqueci de avisar que a encontrei. — Tentei me defender.
— Esqueceu de avisar? — Foi a vez de Olivia se rebelar. — Eu andei praticamente a praia inteira pra você me dizer que esqueceu de avisar? — Notei ela segurar os saltos nas mãos. Estremeci ao pensar que ele poderia voar na minha cara.
— Noah precisou ver a sua localização pois você sumiu junto com ela! — Hilary debateu mais uma vez.
— Isso não vem ao caso, mas vocês estão lindas! — Mya soltou de repente, mudando completamente o clima do ambiente. — Adorei as tranças novas Olivia, e eu amei seu penteado Hilary! Noah você também está muito elegante nesse terno. — Eu não sabia se ela estava tentando aliviar a tensão ou se realmente saiu na maior naturalidade.
Olivia trocou suas tranças para uma gypsy braids. Eu conhecia a maioria das tranças porque minha mãe adorava colocá-las. Já Hilary, estava com um coque alto, bem soltinho, com vários cachinhos caindo sobre o rosto.
E bom, Noah estava igual a mim. Só que com cabelo loiro e o terno azul escuro ao invés de preto.
— Menina assim que eu coloquei essa trança eu senti o poder da beleza. — Olivia colocou seu salto no canto da sala e foi andando naturalmente enquanto contava para Mya. — Quando coloquei meus cílios então... Fiquei linda de morrer. — Se sentou no sofá de espera e as amigas logo se juntaram a ela.
— Acho que já esqueceram. — Noah se aproximou de mim com um sorriso, observando as garotas tagarelar sem parar.
— Graças a Deus! Ouvir essas duas reclamando em minha cabeça é pedir para morrer. — Brinquei, o escutando rir. — Vem cá, conseguiu chama-la para o baile? — O vi abrir um sorriso ainda maior.
— O que acha? O pai sabe muito, filhão. — Se gabou. — Chamei hoje de manhã. Fui até a casa dela depois de pedir o endereço a Olivia. Levei flores e chocolates. Acho que ganhei ela pela barriga já que nem ligou para as flores. — Ele deu de ombros enquanto eu ria.
— Quando dei flores para Mya, eu acho que ela gostou mais da música do que das flores. — Me lembrei do dia que a surpreendi aqui mesmo, nesse lugar.
— Você cantou uma música? — Perguntou.
— Eu escrevi uma música. — Me gabei, o vendo com um bico surpreso.
— O cara transcendeu. Esse sabe muito. — Gargalhamos enquanto elas ainda conversavam despreocupadas.
Passamos a noite inteira ali, apenas curtindo a companhia uns dos outros. Sem se importar com baile, danças ou conviver entre pessoas.
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A Maior Conquista: O Amor
RomanceAtingir uma meta ou um sonho muitas das vezes é uma tarefa bem difícil. Abrir mão de lazeres e das suas próprias vontades para conquistar o tão aguardado objetivo é bem complicado. Mas para Mya essa tarefa não era muito difícil, pois sempre soube ex...