73. Fim.

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— Você é um banana que não entende o que é arte! — Hilary, Noah e Olivia discutiam sem parar.

— Seu palhaço! — Retrucou Olivia. Noah se sentiu tão atingido com aquilo que levou a mão ao peito.

O garçom chegou com uma bandeja nas mãos, o que fez eles calarem a boca rapidinho para pegar a pizza. Uma pizza de camarão.

— Ganhei um prêmio. — Eu e Mike fazíamos uma atualização sobre nossas vidas.

— Eu vi minha gatinha. — Deu um beijo rápido em minha bochecha. — Estava linda mostrando o seu poder feminino naquele palco.

— Sim, mas não estava muito feliz pois estava louca para te contar. Seria legal receber aquela medalha com você sorrindo orgulhoso. — Declarei, comendo um pedaço da pizza.

— E quem disse que eu não estava sorrindo orgulhoso? — Desviou o olhar, me fazendo rir. — Bom, eu escrevi uma carta sobre você para a minha mãe.

— Nossa, que honra! — Sorri ao ouvir aquilo. — Sua mãe deve me adorar porque você só diz coisas boas, não é?

— Eu disse que você é irritante, só pensa em si mesmo, é implicante e insuportável. Além de tóxica. — Ergui as sobrancelhas, completamente desacreditada.

— Seu imbecil. — Dei um tapinha em suas costas, o vendo rir.

— É bom ver o casalzinho feliz de novo. — Olivia apoiou a cabeça entre as mãos, nos observando com um sorriso bobo.

— É bom estar com ela de novo. — Abriu um sorrisinho bobo. Estávamos muito felizes.

Era bom estar com ele de novo.

Eu adorava essa parte da vida. A parte onde não precisava de muito para ser feliz. A parte em que você só precisa de pessoas que realmente gostam de você e querem seu bem. Essa parte que dinheiro nenhum pode comprar. A parte em que você não precisa se preocupar com futuro, riquezas, estudos, trabalhos.

Essa parte da minha vida, essa pequena parte que muita das vezes eu nem prestava atenção... É nela que mora a felicidade que eu tanto desejava encontrar. Mas mal sabia eu, que já havia encontrado.

(...)

— Uma coisa que você gosta e que é considerada estranha perante a sociedade? — Mike perguntou, continuando a nossa brincadeira do piquenique.

Nós estávamos no meu quarto, deitados. Minha cabeça estava por cima de seu braço, e seu rosto bem perto do meu, observando cada um dos meus detalhes. Sua outra mão agarrou a minha minha cintura enquanto uma de suas pernas estava por cima da minha.

Quando perguntei a minha mãe se Mike podia dormir em casa, ela ficou com um pé atrás, mas logo concordou ao ver que meu pai nem ousou dizer nada. Era incrível como uma mulher podia deixar um homem pianinho.

Larry que não concordou muito com a ideia, ficou encarando Mike a noite inteira e ainda disse para ele dormir em um colchão separado. Quando Larry foi dormir, Mike subiu para minha cama.

— Bom, eu gosto de sorvete de menta. — Ele gargalhou. — Não entendo porque você e Larry me julgam tanto por conta disso.

Ok, diz outra coisa. Essa sua esquisitice eu já sabia. — Eu me virei para ele.

— É... — Pensei um pouco. — Eu gosto de você. — Ele abriu a boca, indignado. — Tô brincando. É... eu gosto de dormir de meias, pode ser?

— Nossa, mas você é mais esquisita do que eu pensava. — O empurrei um pouco, o fazendo gargalhar.

— E você? — O perguntei, esperando a resposta para julga-lo.

— Eu não gosto de nada esquisito porque não sou esquisito, simples. — Fez uma expressão convencida, e eu o encarei de um jeito debochado. — Tá bom, eu gosto de Picles.

A Maior Conquista: O AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora