A história de Amélia Pevensie, uma jovem criada de uma casa de família, que conhece o apaixonante Lorde Cumberland na sua adolescência.
Uma breve paixão arrebatadora inunda seus corações, mas infelizmente o destino os afasta sem piedade.
Sete an...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
No jantar, eu me vesti com classe. Ninguém acreditaria que eu tinha sido criada ali naquela mesma casa, anos atrás. Eu sabia agir com elegância. Conforme desci as escadas, me lembrei de quando caminhava naqueles corredores, carregando as trouxas de roupas de cama. Senti saudades de Lady Caroline e das meninas, foram bons anos, apesar de tudo. Encontrei com Thomas na sala de jantar, que estava visivelmente mais feliz. Ele parecia ter conversado bastante com seu grande amigo. Talvez até recuperado algumas memórias -- você está deslumbrante, como sempre -- essas foram suas palavras para mim. -- estou encantada, milorde. Ele sorriu de canto. -- obrigado por me acompanhar até aqui. Isso tudo está sendo muito importante para mim. -- espero que recupere suas lembranças, milorde. -- eu me lembro vagamente dessa casa. Pelo jeito, está tudo da mesma maneira. Me lembro desses castiçais. -- essa casa está exatamente como a sete anos. Ele sorriu, concordando com a cabeça. Olhou ao redor atentamente. -- você ficava em um quartinho próximo a cozinha, não é? -- sim. Nos aposentos da criadagem. Me acompanhou até lá uma vez. Thomas sorriu, com os olhos brilhando. -- Amélia, eu te amo tanto -- seu sussurro veio acompanhado de seus dedos se entrelaçando aos meus.-- eu te agradeço por me proporcionar isso... Meu corpo se arrepiou. Meu coração bateu desesperado e tudo que eu queria naquele momento era me entregar em seus braços. Por um instante, isso quase aconteceu. Ouvi passos no corredor e afastamos nossas mãos. Eu precisava me lembrar o motivo de ter trazido Maeve comigo. Por mais que desejasse Thomas com todas as minhas forças, não podia arriscar minha reputação daquela maneira. Era William que se aproximava, e ele parecia mais agitado que o normal. Mal olhou para nós enquanto se aproximava da mesa de jantar. -- vamos nos sentar. Logo irão servir nosso jantar.
Eu e Thomas obedecemos. Senti uma aura de estranheza no ar. Comemos e bebemos, trocando algumas palavras. Mas tinha algo que me incomodava. Algo estava diferente. Talvez era a minha suspeita a cerca de William, mas eu não tinha certeza. Ele tinha mudado, de repente. Não tive tempo para conversar com Thomas após o jantar, pois ambos se recolheram rapidamente. Eu tive que voltar para o quarto, na falta de algo melhor para fazer. A Lady daquela casa não estava ali, não tinha uma anfitriã para conversar comigo. Não havia quadro algum na casa que mostrasse quem era a esposa de William. Nem ao menos de seus filhos. O que era muito estranho. Quando eu trabalhava ali, lorde Bennet fazia questão de expor diversas pinturas de sua família por todo canto. William tinha simplesmente guardado todas as pinturas. Aquilo era a única coisa que estava diferente em toda a casa. Eu e Maeve não demoramos a dormir. Com o frio que nos cercava e a falta do que fazer não nos deixou escolha. Nada como uma boa cama quente e confortável, uma boa lareira e meias nos pés.
Mas na manhã seguinte, logo que acordamos, eu saí de meu quarto e percebi que aquela estranheza da noite passada tinha aumentado. Encontrei Thomas na sala de estar, onde ele lia um jornal. Mas havia algo no ar. Caminhei até ele. -- bom dia, milorde. -- bom dia, querida Amélia. Como passou a noite? -- bem. Mas parece que... -- tem algo estranho aqui? Eu também estou percebendo.-- ele rebateu, antes que eu dissesse qualquer coisa. -- temos previsão para retornar a Cumberland's Hall? -- hoje ainda. Aquilo me deixou um pouco assustada. Mas não disse mais nada. Comemos o desjejum sem a presença de William e passamos um tempo juntos na biblioteca, com Maeve ao meu lado.