A história de Amélia Pevensie, uma jovem criada de uma casa de família, que conhece o apaixonante Lorde Cumberland na sua adolescência.
Uma breve paixão arrebatadora inunda seus corações, mas infelizmente o destino os afasta sem piedade.
Sete an...
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Entramos na mansão e eu senti o mundo nas minhas costas. Olhei tudo ao redor, absorvendo o fato de que tudo aquilo era meu. Eu tinha me tornado a Condessa. Thomas parecia estar realizado, em seu semblante só havia felicidade genuína. -- logo os convidados vão chegar para a recepção, minha querida -- ele sussurrou, enquanto caminhamos pelo Hall -- se precisa se arrumar ou de um tempo para descansar, essa é a hora. -- acredito que vou tirar esse véu. E descansar um minuto, mas logo desço para te encontrar -- respondi, num suspiro. Thomas se inclinou para um beijo gentil e rápido. E aquilo foi minha perdição. A sensação de seus lábios nos meus foi mais do que suficiente para acordar um calor devastador que estava em mim. Ele se afastou num sorriso, enquanto meu corpo ardia e implorava por mais. E ele sabia do efeito que tinha sobre mim. -- Maeve pode te acompanhar. Eu ficarei aqui para resolver algumas coisas com Boyle -- ele continuou a dizer, despreocupado. -- sim, Maeve irá comigo. Minha fiel criada estava a minha disposição, sempre bem vestida e elegante. Ela caminhou comigo escadas a cima, até os meus novos aposentos. Foi estranha a sensação.
Sai de casa pela manhã de um aposento. E quando retornei, tinha outro preparado para mim. Simples assim. Entrei no quarto, amplo e bem iluminado por suas janelas abertas. Era bem semelhante ao aposento de Lady Clarisse, com poltronas e mesa de chá, cortinas que pendiam do teto até o chão, escrivaninha e penteadeira. O banheiro era anexo, assim como a sala de vestir. Os aposentos de uma Condessa. Sentei-me diante do espelho na penteadeira e Maeve começou a tirar o longo véu. -- queria muito ter ido a cerimônia. Imagino que tenha sido mágico -- ela comentou, dedicada ao que fazia. -- foi uma pena não ter ido. Seria bom ter uma amiga ao meu lado naquele momento -- respondi de forma sincera. -- eu tinha muito o que fazer aqui, milady. Mas o que importa é que logo a recepção começa, e poderei apreciar de longe. -- por favor, fique próximo a mim. Caso perceba que algo estranho acontece, me ajude. Maeve parou o que estava fazendo para me encarar pelo espelho. -- o que está dizendo,milady? -- temo sofrer uma crise, Maeve. Estou meio... Digamos, meio aérea com tudo. Ela continuou me olhando pelo reflexo, sem dizer nada. Então concordou com a cabeça e voltou a arrumar meu cabelo. No lugar do longo véu, colocou um chapéu delicado e elegante. Também removeu parte da cauda, que estava presa por pequenos botões. Assim, eu tinha mais liberdade para andar pela mansão e receber meus convidados. -- estou ouvindo som de carruagens chegando, milady -- informou Maeve, indo até a janela -- Lady Clarisse, pelo que vejo. -- irei descer. Ela deve estar ansiosa para me ver. -- estarei pelos arredores, sem tirar os olhos de ti, milady.-- ela me assegurou, Maeve era leal a mim. -- eu agradeço muito. Ela abriu a porta para mim e eu segui pelo corredor até a escadaria. Thomas estava no Hall, caminhando de um lado para o outro. Ao notar minha presença, me acompanhou com os olhos até que eu estivesse bem em sua frente. Ele segurou minha mão com firmeza. -- está deslumbrante, minha Condessa -- sussurrou, provocante. -- acredito que já tenha me dito isso, milorde -- rebati, andando pelo Hall. Thomas não respondeu, apenas me acompanhou até a porta. -- Lady Clarisse está chegando -- comentei, ansiosa. -- sim, por isso estou aqui. Ela deve estar a beira de um colapso. Preciso recebê-la aqui e acalma-la. Antes que eu dissesse algo, a porta foi aberta e Lady Clarisse entrou. Olhos atentos, agitados. A mesma ansiedade que estava em mim, tomava conta da Condessa viúva. -- oh, Thomas! Amélia! Foi uma linda cerimônia! Vocês estavam lindos!-- ela exclamou, vindo até nós. -- estávamos a sua espera, minha tia.-- ela respondeu, segurando suas mãos. -- oh, meus queridos... Finalmente estão casados!-- as lágrimas escorreram pelo seu rosto e ela me abraçou, choramingando -- estou tão feliz por vocês! Thomas a confortou com palavras doces e ela se acalmou logo. E também subiu para seus aposentos, precisava se recompor.