Simone Tebet
*
*
*Comecei a ter uma preocupação ainda maior com Soraya, desde aquele dia que ela foi na casa que fica na parte alta da minha comunidade, senti pena dela e de sua mãe, fiquei sabendo que ela quis até deixar a faculdade para procurar um emprego e ajudar a mãe.
Com isso, mesmo ela dizendo que não quer, eu pedi pra ela criar uma conta, assim, eu faço transferências com um determinado valor para ela, não sei o que ela diz à mãe sobre quando paga algo, sem estar trabalhando, mas fico feliz de poder estar ajudando, e quero continuar fazendo isso, e é aí que meu amor por ela vai aumentando mais ainda, droga, eu estou apaixonada por ela.
_Será que terei você pra mim?_ perguntei.
Eu estava na laje, sentada, fumando e tomando uma boa dose de whisky, será que ela teria coragem de deixar sua fé, sua vida tranquila de lado, para querer viver comigo? nessa vida agitada e cheia de confusão, só alguém muito louco ou apaixonado para fazer isso mesmo.
_Com certeza ela está olhando as estrelas agora, fui certeira no presente_ sussurrei, olhando para o céu.
Meu celular vibrou sobre minha coxa, peguei e desbloquiei a tela, era uma mensagem da Sol, resolvi dar um celular para ela, o seu não saía nunca do conserto, ela mantém ele guardado, sua mãe pode desconfiar.
"a lua está linda hoje, não é?", ela mandou, sorri com isso e olhei para a lua de novo, logo eu digitei, "está linda como você, anjo lindo", ela mandou uma figurinha, eu mandei outra de volta, e ficamos assim até eu perguntar...
"o que está fazendo agora?", vi os três pontinhos ali em cima, parou de digitar e mandou uma foto de visualização única, sorri de maneira orgulhosa ao saber que ela estava estudando.
"já li trinta páginas só agora", mandou dizer, porém, eu não conseguia esquecer da parte grossa da sua bela coxa que acabou aparecendo na foto, se controla Simone, se controla mulher... proferi em pensamentos.
"quer dar uma volta comigo?", mandei na mensagem, os três pontinhos voltaram a aparecer, "agora, Simone? você não está tentando me sequestrar?", dei uma risada bem sincera com o que ela escreveu.
"diz que sim, vai", ela demorou a responder, não sei se agi certo, querendo tirar ela de casa uma hora dessa, tá cedo pra mim, são nove da noite, mas pra sua mãe já está bem tarde, acho que fui precipitada.
"pode não fazer muito barulho com a moto? minha mãe está dormindo já", acho que estava apenas elas duas ali, o pai deve tá bem enchendo a cara de novo, que babaca aquele homem é com sua família.
Mandei dizer pra ela ficar tranquila, saí da laje e desci as escadas, falei com Janja e Lula que estavam ali assistindo algo, avisei onde iria, peguei os capacetes, as chaves e saí dali, pegando a minha moto.
Liguei e dirigi até determinada parte, depois desliguei e fui descendo, já que era uma descida pra sua casa, vi ela pulando a janela, sorri vendo isso, ela correu até mim, dei à ela o capacete e fiz impulso para empurrar a moto.
Assim que fiquei um pouco mais distante da casa dela, liguei a moto de novo e saí dirigindo, até sairmos da comunidade, indo para o meio da cidade com ela, parei para comprar um lanche e seguimos até uma praça.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O preço de um amor bandido
FanfictionQual preço podemos pagar diante de nossas escolhas?...