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Soraya Thronicke
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_Entra, amor_ Simone tinha a mão em minha cintura.

_Eu consigo andar, amor_ falei e sorri.

_Tem certeza?_ perguntou.

_Absoluta, consigo andar normal_ ela então desistiu de me levar carregada.

Foi assim desde a minha saída do hospital hoje pela manhã, por conta do ocorrido de ontem, nem sei ao certo o que foi aquilo que eu senti, só lembro da dor que eu sentia em meu baixo ventre, mas a médica disse que estava tudo bem, que não tinha nada de errado.

_Quer ir pro quarto?_ paramos no meio da sala.

_Eu quero, amor_ ela deixou as chaves sobre a mesinha.

_Vem, vamos _ disse.

_Amor, eu consigo ir andando_ falei.

Saí da sala que eu tava tomando soro, carregada por Simone, as pessoas por lá olhavam e cochichavam entre si, quando chegou no estacionamento, me tirou do seu colo para me colocar no carro, e quando chegamos, ela me pegou do banco e me levou até o elevador, fui levada carregada até o nosso andar, será que ela não sente dor nos braços?

_Eu não quero que faça muito esforço, vamos, não me conteste_ levantei as mãos em sinal de rendição.

_Tudo bem dona crossfiteira_ Simone tem tanta força.

_Nossa pequena está dormindo_ parece que adivinhou que eu ia perguntar por ela.

Logo me pegou em seu colo, rodeei com os braços o seu pescoço, e deitei a cabeça em seu ombro, ela subiu as escadas numa boa, como se não tivesse nada levando carregado, entrou no quarto comigo, e me colocou na cama.

_Está sentindo alguma coisa?_ me olhou com carinho.

_Fome, sério amor, estou faminta_ ela deu uma gargalhada gostosa.

_Vou pedir pra Vilma fazer um lanche reforçado pra você_ sorri.

_Tudo bem, eu vou tomar um banho_ fiz menção de levantar.

_Eu levo você, Soraya_ já tava sentindo que tinha algo acontecendo.

Simone é cuidadosa comigo? sim, muito, e eu amo isso nela, porém, nesse momento, há algo estranho, ela tá com um cuidado redobrado desde o momento que eu acordei lá no hospital, tinha medo, tristeza em seu olhar, ainda não quis perguntar nada, e agora esse cuidado para que não faça esforços simples, como subir a escada.

_ acontecendo alguma coisa, Simone?_ a ansiedade já tava acabando comigo por isso.

_Não amor, não está, por quê?_ ela tirou os meus sapatos.

_Sei que você é cuidadosa comigo, mas, hoje diferente, algo estranho_ franzi a testa.

_O quê tem de estranho em eu estar cuidando da minha esposa?_ sua voz soou firme, séria.

_Não é isso, é o fato de você não deixando eu nem subir as escadas, por exemplo_ ela bufou.

O preço de um amor bandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora