O preço de um amor bandido

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Soraya Thronicke
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_Oi dona Vilma, bom dia_ lhe dei um beijo no ombro.

_Bom dia menina sory_ retribuiu o beijo em minha testa, por ser mais alta.

Desde quando dona Vilma foi trabalhar no apartamento da Simone, sempre fui tratada com muito carinho por ela, vi nela uma imagem de segunda mãe, isso cobria o vazio que ficou, o qual foi provocado pela minha própria mãe.

_O cheirinho tá bom, posso ajudar em alguma coisa?_ me sentei em um banco.

_Não precisa se sujar menina sory_ me deu um sorriso.

_Eu faço questão, dona Vilma_ ela não contestou.

Comecei então a cortar algumas frutas, ela iria fazer uma salada para o almoço de logo mais, eu e Simone chegamos tarde do hotel, o dia já se aproximava quando chegamos em casa, dormimos bem pouco, aposto que depois do almoço vamos dormir até a noite, inclusive, falando nela...

_Onde está Simone?_ lhe perguntei.

_Saiu para dar uma volta com a pequena gabizinha_ era lindo esse carinho que dona Vilma adquiriu com nossa filha.

Levei as frutas cortadas para outro recipiente, enquanto Vilma preparava agora uma macarronada, ficamos um bom tempo na cozinha, após estar tudo pronto, ela me agradeceu pela pequena ajuda que lhe dei, em seguida, foi fazer outras coisas mais, e dessa vez, não quis a minha ajuda.

_O que vou fazer então?_ falei, olhando pro nada.

Voltei para o quarto, e fui dar continuação na minha leitura, estava à três dias sem ler, peguei e desci para a sala, me sentei e estiquei as pernas, olhei para o meu pé, o mesmo já estava cicatrizado, e eu já andava normalmente, para chegar até aqui foi preciso de três longas semanas.

_Olha quem está ali_ nem percebi quando Simone abriu a porta.

_Mamãe sol, mamãe, colo_ levantou os bracinhos.

_Ei meu amor, passeando com a mamãe?_ ela balançou a cabeça concordando.

_Não quis te acordar, amor_ Simone deixou algumas sacolas sobre o sofá.

_Foram pra onde?_ ela sentou ao meu lado.

_Fazer algumas comprinhas_ me olhou.

_Posso ver o que..._ fiz menção de pegar uma sacola pequena.

_Não, essa não, veja as outras_ pegou a pequena sacola para si.

_O que tem aí?_ lhe olhei curiosa.

_Um presente pra você, mas só vai receber hoje à noite_ semicerrei os olhos.

_Eu sou curiosa, amor_ ela sorriu.

_Já, já a noite chega_ levantou e foi para o quarto, levando a sacola com ela.

Peguei então as outras e olhei o que ela havia comprado, tinha roupas para nossa filha, brinquedos, livros para ler pra ela quando for dormir, e mais algumas coisas.

_Uma revista de vestidos de noiva?_ perguntei quando Simone desceu.

_A moça da loja me entregou_ assenti.