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Soraya Thronicke
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_Isso estranho, Janja, me dando agonia , tira por favor_ falei.

_Você precisa se acostumar, gata, vai usar isso na lua de mel_ comentou.

_Preciso mesmo? não pode ser uma lingerie, normal?_ me virei para o espelho de novo.

_Não, se acostume, é mais um charme, pra apimentar a relação_ falou, tomando um gole de cerveja, pensa num povo pra beber.

Fiquei parada, de frente para o espelho, com aquilo em meu corpo, nunca imaginei que iria usar algo assim algum dia, tenho me surpreendido quase todos os dias com muita coisa.

Ainda fico corada quando ouço Simone falar certas coisas pra mim, ela fala numa naturalidade que me impressiona, e eu fico ali, feito boba, toda vermelha, cheia de vergonha por isso.

_Você está muito sexy, Soraya, olha essa bunda, tem certeza que não fazia academia antes?_ eu lhe olhei incrédula.

_N-não... nunca fiz essas coisas, é minha mesmo_ ela deu um sorrisinho.

_Sortuda é a Simone_ se levantou de sua cadeira.

Vi ela ir até a caixinha de som do quarto, colocou em uma música calma, cantarolou alguns versos, pegou outra cerveja e começou a tomar.

_Não quer um pouco?_ me ofereceu.

_Não, não quero_ ela mudou a música.

_Deixa sua marca de tapa na minha bunda_ cantou um trecho da música.

Eu olhava para ela com os olhos arregalados, nunca tinha escutado músicas desse nível na minha vida, era muita baixaria, muitos palavrões, e ela agia tranquilamente.

_Se anima, soso, vem, faz o quadradinho_ se virou.

Ou o álcool tava mexendo já com ela, ou eu tava conhecendo um lado bem estranho da Janja, se Simone visse isso que ela tá fazendo, seria capaz de deixar sua amiga no hospital por vários dias.

_Faça isso na lua de mel de vocês_ falou um pouco alterada.

Janja fazia o tal quadradinho, porém, ela fazia isso roçando sobre o meu sexo, eu tava ficando agoniada, ela me deixou imprensada na parede, sem me dar escapatórias.

_Janja... Janja, vamos parar_ ela nem ligava.

_Fode a minha buceta, seu filho da puta_ cantou outra vez.

Eu já tava prendendo o meu ar, ela não parava, eu tava envergonhada, da situação, da música, então eu acabei a empurrando, fazendo a mesma cair de cara no chão, quebrando seu óculos.

_Ô filha da mãe, olha o que você fez_ ela tava alterada.

_Desculpa, eu não fiz por que eu quis... m-mas eu posso consertar_ tentei pegar o seu óculos do chão.

_Sua mulher vai mandar consertar, sua puta interesseira_ eu travei ali mesmo.

_E-eu... não sou isso que você falou_ ela deu de ombros.

O preço de um amor bandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora