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Simone Tebet
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_Está errando todas, Simone, o que acontecendo?_ Lula perguntou.

_ estou com uma dor de cabeça, companheiro, isso_ enchi meu revólver com novas balas.

_Sei que não é isso, o que houve?_ Janja que perguntou agora.

_A Soraya, até agora não me mandou mensagem ou me ligou, como pedi_ falei.

_Vai ver ela ficou ocupada_

_Eu não sinto que foi isso, alguma coisa aconteceu, eu sei, eu sinto_ passei a mão no cabelo.

_ ligou pra ela?_ Lula perguntou.

_Quase cem vezes, caindo na caixa postal, tem algo errado acontecendo_ peguei na caixa de isopor uma garrafinha de cerveja.

Me sentei na cadeira, estávamos na laje, inventamos de atirar em algumas garrafas vazias, como costumamos fazer as vezes, mas nem isso tá aliviando a minha tensão.

_Relaxa Simone, ela bem, ela te liga, tente relaxar_ Janja sentou ao meu lado.

_Não consigo relaxar, Janja_ me levantei de novo.

Mais cedo eu me deparei com aquela cena, daquele filho do pastor andando ao lado da Soraya, isso me deu um ódio, andei depressa até eles, e vi que ele queria forçar a barra, querendo lhe levar para tomar sorvete.

_Se ele causou alguma coisa, eu mesma vou matar ele_ falei.

_Vai matar quem, Simone?_

_O filho do pastor_ e então eu comecei a pensar.

Ele viu a forma que eu puxei Soraya pra mim, viu eu colocando ela dentro do carro, e quando lhe dei um susto, freiando bem atrás dele, demorei um pouco mais para levar Soraya pra casa, e se ele foi fazer fofoca do ocorrido de hoje para os pais da Sol?

_Alerta vermelho, chefe_ Janja me entregou seu tablet.

No mapa, pude ver que havia assaltado a loja de uma senhorinha muito conhecida por nós, era do bando de Arthur, que inferno, pedi pra Janja avisar alguns dos nossos, e logo já estávamos indo atrás deles.

Foi um pouco difícil encontrá-los, trocamos alguns tiros, mas no final eu deixei uma lição dada à eles, espero que não queiram cometer o mesmo erro, ou vão dizer adeus para as suas famílias, eu não tenho pena.

A noite chegou, estávamos no hotel agora, comíamos algo em meu apartamento, assistindo uma programação qualquer, meu celular começou a tocar, senti um aperto no peito ao ver o nome da minha pequena.

_Ei, estava preocupada_ falei ao atender.

_Simone... preciso te mostrar uma coisa_ eu concordei.

Ela então desligou, na ligação ela tava falando bem baixinho, e sua voz tava chorosa, eu percebi, aguardei por novas notícias dela, na nossa conversa, chegou cinco fotos de visualizações únicas.

A primeira era de suas pernas, estavam vermelhas, com marcas de cinto, nem quis abrir mais as outras, já sabia o que tinha acontecido, mais em baixo ela mandou dizer, "o Carlos contou sobre o ocorrido para os meus pais".

O preço de um amor bandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora