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Soraya Thronicke
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Fazia quase duas semanas do enterro do filho do pastor, a forma que encontraram ele próximo à praia é aterrorizante, dá calafrios só de imaginar, o pastor foi embora para a sua cidade, já há outro na igreja.

Agora eu tava aqui no meu quarto, olhando a lua pelo telescópio, estava mais à vontade, meus pais não estavam em casa, fazem dois dias que eles foram para São Paulo, papai iria fazer uma cirurgia nas mãos.

Dessa vez a briga de bar foi ainda pior, ele disse que não tinha dinheiro para pagar a bebida que consumiu, o dono do bar ficou furioso, e com isso, ele arrancou quatro dedos de cada mão do papai.

Os médicos daqui sugeriram que ele fosse para São Paulo, lá teria os médicos que iriam fazer essa cirurgia, mamãe ligou mais cedo, avisou que só vem na outra semana, a operação foi feita hoje pela manhã.

_Vou mandar uma foto pra Simone_ falei comigo mesma.

Ajustei o celular no telescópio, como dizia no papel as instruções, tirei, e mandei pra Simone, logo alguém bateu na porta, levei um pequeno susto, deixei o celular na cama, e andei até a porta.

_Simone? o que... o que você..._

_Ela está linda como você_ Simone virou pra mim o celular com a foto que eu mandei.

_Alguém viu você..._

_Relaxa, tomei cuidado_ a gente ficou se olhando.

_Ahn, desculpe, entre_ dei passagem pra ela.

_Como está seu pai? tem notícias?_ ela perguntou.

_Ele fez a cirurgia hoje... vem comigo pro quarto, estava olhando a lua_ peguei em sua mão.

Mesmo não tendo ninguém em casa, fechei a porta do meu quarto, pela primeira vez alguém entrava aqui, pedi pra ela sentar na cama, ofereci algo, mas ela só quis uma água.

_Aqui, Simone_ entreguei o copo à ela.

Me sentei na cama também, fiquei de costa para ela, voltei a olhar pelo telescópio novamente, sua mão tocou minha costa.

_Não vou ganhar nenhum beijinho?_ ela falou, eu sorri.

_Bobinha, vem _ ela se aproximou mais.

Como ela é mais forte, me puxou para o seu colo, fazendo eu ficar com os joelhos de cada lado de sua cintura, circulei os braços por seu pescoço, ela tomou minha boca em um beijo apaixonado.

As suas mãos bobas começaram a passar sobre a minha bunda, Simone então começou a me puxar mais para ela, fazendo com que eu raçasse sobre seu sexo, não demorou para ela começar a ficar dura.

_Simone... hum_ seus beijos foram para meu pescoço.

_Você está tão cheirosa, Sol_ ela me olhou.

_Passei aquele creme que você me deu_ rapidamente fiquei corada.

_Você está bem?_ perguntou.

_Estou... e você?_ fiz um carinho em seu rosto.

_Estou aqui com você, então estou bem_ ela me fez sair de seu colo.

Vi Simone pegar o meu telescópio, que tava sobre a cama, colocou em cima da mesinha próxima à parede, e fechou as janelas, puxando em seguida, as cortinas.

O preço de um amor bandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora