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Soraya Thronicke
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_Não, não me toca, por favor_ gritei.

Meu grito foi alto, virei na cama e acabei caindo, uma porta do quarto bateu forte, ouvi a voz da Simone, quando suas mãos vieram me tocar, sair me afastando dela, e nem sabia exatamente o por quê, eu sentia medo, mas não era dela.

_Soraya, o que houve? o que aconteceu? ouvi seu grito da sala, amor_ ela se agachou.

_Tinha alguém aqui, meu tio estava aqui, ele ia... Simone, ele ia..._ meus soluços não me deixavam concluir.

_Ei, não tem ninguém aqui, Sol... o seu tio não está mais entre nós, lembra?_ falou, passando a mão em meu rosto.

_Tinha Simone, estava ali perto da cama_ Simone olhou pra lá.

_Não tem amor, estamos nós aqui, vem comigo, Sol_ ela me pegou no colo.

Avisei que não queria ficar ali no quarto, ela me levou para a sala então, coloquei as mãos em meu rosto ao ver as coisas que estavam ali na mesa da sala, cigarros, fumaças subindo, várias garrafas de bebidas, cheias e vazias, e também, armas, só que dessa vez, algumas maiores.

_Caramba, porra, aqui não, aqui não, merda, eu vou te levar pro outro quarto_ me pergunto quando vou me acostumar com isso.

Ela subiu as escadas de novo, Simone me levava no colo com tanta calmaria, como se eu fosse um travesseiro, de tão leve que parecia ser, ela entrou em outro cômodo do seu apartamento.

_Está melhor? quer uma água?_

_Não, quero ficar aqui com você_

_Sol, eu estava em uma reunião com o pessoal, preciso voltar_

_Eu preciso de você, Simone, fica aqui, um pouquinho_

_Simone, ela está aqui_ Janja falou do corredor.

_Eu vou terminar essa reunião, e volto pra , tudo bem?_ assenti.

Me virei para o lado, abracei o grande travesseiro, me encolhi sobre a cama espaçosa, a porta bateu, ouvi os passos pelo corredor, e vocês ficando mais distante, quem será estava aí? sobre o que eles estavam falando?

Não demorou e uma discussão se iniciou lá na sala, coloquei as mãos no ouvido para não ter que escutar, tão nova e tão cheia de traumas, o que foi que Simone viu em mim para me querer? com certeza há mulheres mais interessantes do que eu por aí.

Tudo ficou silêncio lá, olhei para o teto, senti fome, me levantei e desci as escadas rápido, indo para a cozinha, peguei queijo, presunto, pão, e comecei a preparar um sanduíche pra mim, peguei uma latinha de refrigerante, e me sentei em um dos bancos.

_Oi... Soraya, não é?_ uma voz soou ao meu lado.

_Er... sim, e você, quem é?_ dei uma mordida no lanche.

_Leila... mas se quiser pode me chamar de lelezinha, como chama a Simone_ falou sorrindo.

_Você são amigas?_ fiquei curiosa.

O preço de um amor bandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora