Soraya Thronicke
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*Eu estava há quase meia hora no colo da Simone, meu choro já havia cessado, estávamos agora na minha casa, no meu quarto, em minha cama, meus pais ainda não tinham chegado, por isso quis que Simone viesse pra cá de novo.
_Tá tudo bem, Sol_ ela disse isso de novo, desde que chegou aqui.
_Me abraça mais forte_ sussurrei.
Assim ela fez, sua mão esquerda carinhava a minha costa, ficamos em silêncio outra vez, eu só queria ficar ali naquele abraço pra sempre, era ali que eu sentia a calmaria que eu não tenho aqui dentro de casa com meus pais.
_Sol da minha vida, eu tô aqui, tá tudo bem, não precisa chorar mais_ falou.
_Eu te amo, não posso te perder, não posso perder a única pessoa que me faz viver_ falei baixinho.
_Você não vai me perder_ pousou a mão em minha barriga.
_E ainda vamos ter vários filhos, prometo_ ela falou e beijou minha testa.
Simone me virou na cama, ficando por cima, tirou sua blusa, meus olhos foram direto pra sua tatuagem, ela fez uma expressão de dor quando tirou sua calça.
Ontem depois que ela saiu daqui de casa, não demorou muito para que logo começasse um tiroteio aqui próximo, a polícia havia invadido a comunidade, mas antes disso, ela me ligou.
Durante os longos minutos das trocas de tiros, eu me mantive aqui no quarto, encolhidinha, com as mãos tapando os ouvidos, e chorando feito uma criança.
_Posso fazer um novo curativo?_ perguntei.
_Não, eu faço isso, fica quietinha aí_ ela se sentou na cadeira perto da cama.
Ela levou um tiro de raspão na coxa, agora estava com uma faixa ao redor de sua coxa grossa e branca.
_Deixa eu te ajudar a cuidar disso_ fiquei de joelhos na sua frente.
_Tudo bem, tem uma tesoura?_ olhou ao redor.
_Sim, só um minuto_ fui até a sala buscar.
_Consegue cortar?_
_C-consigo... não se mexe_
_ Por quê você tá corada desse jeito, Sol?_
_Não é nada, eu..._
_Você está excitada?_ ela levantou meu rosto.
_Não faz isso Simone, deixa eu cuidar do seu machucado_ ela sorriu.
A verdade era que eu estava sim, excitada, senti minha calcinha molhar, só por estar tão perto do seu sexo, que marcava a sua ereção na cueca branca que ela usava.
_Vou passar um algodão com esse antisséptico, pode arder um pouquinho_ ela assentiu.
Pra minha timidez aumentar mais ainda, ela deixou sua mão sobre o seu membro ainda coberto, isso ainda me deixava desconcertada, apesar de já termos transado, sentia meu rosto quente, deve estar vermelho como um pimentão.
_Ai, Sol..._ olhei pra ela assustada.
_Está doendo?_
_Não, tava brincando, você tá engraçada assim, sabia?_
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O preço de um amor bandido
FanfictionQual preço podemos pagar diante de nossas escolhas?...