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Simone Tebet
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_Ei meu amor, somos apenas eu e você agora, bom?_ peguei Gabi no colo.

_Aqui dona Tebet_ Vilma me entregou a mamadeira que acabara de fazer.

Agradeci, ela saiu do quarto e eu fui para a varanda do meu quarto, abri as janelas, e me sentei com ela no sofá, estava sombra, o dia tava bom hoje.

_Precisa tomar tudinho, pra ficar forte_ disse.

Alguns dias já passaram, o próximo mês está mais próximo, e a viagem para Las Vegas, também, só espero que saia como planejado, já falhei algumas vezes quando fui para lá, na época em que eu ainda construía o hotel, e acabei sendo presa no aeroporto.

Porém, é diferente agora, eu tô indo de novo, e estou levando a minha mulher e a minha filha, não posso deixar que nada aconteça, Soraya disse que precisa de mim, assim como nossa filha também, e eu preciso me esforçar para que saia como eu já planejei.

_Daqui a pouco sua mãe está aqui_ falei.

Hoje, Janja chegou aqui toda animada, trouxe um bolo para comermos no café da manhã, insistiu para cantar parabéns, é o meu aniversário, mas tô levando como mais um dia comum, como sempre foi, desde que meus pais faleceram, meu aniversário não teve mais graça pra mim.

_Você é o meu grande presente, filha_ dei um sorriso.

O que mudou nesse dia de hoje pra mim, foi ter a mesa bem arrumada com o café da manhã, flores e uma carta de Soraya, assim que Janja chegou, por insistência dela, cantamos parabéns e logo tomamos nosso café.

Fiquei feliz com a pequena surpresa de Soraya, meu coração ficou quentinho, não esperava, mas ela me surpreendeu, e suas palavras na carta foi a coisa mais linda que eu poderia ler, Soraya me ama, do jeito que eu sou.

Janja e Soraya saíram, dizendo minha amiga que iriam ter um momento de princesas, deixei que Soraya fosse, que se divertisse um pouco, ela merece tudo isso e muito, porém, suspeito que Janja estava aprontando alguma coisa.

_Vou mandar uma mensagem pra sua dinda, ela quer aprontar algo_ levantei com Gabi e fui até a cama pegar o celular.

Entrei na minha conversa com Janja, logo digitando, "nada de ensinar Soraya a atirar, falei pra você", logo enviei, e não demorou pra ela responder, mandou apenas algumas carinhas sorrindo.

_Olha , e não é que mamou tudinho, meu amor, muito bem_ fui até a cozinha.

Vilma preparava agora o almoço da Gabi, como eu pedi mais cedo, iria esperar Soraya para almoçar junto dela, como gosto de fazer, lavei a mamadeira da minha filha, deixei sobre a pia e voltei com ela pro andar de cima, agora, indo pro seu quarto.

_Mama... dede mama, dede_ disse, se esperniando no meu colo.

Até que Gabi começou a dizer algumas coisas cedo, eu falava pra ela desde quando ainda tinha seis meses, ela fala enrolado, claro, mas já fala algumas coisinhas, e já nasceu mais alguns dentinhos, quando sorri, fico toda boba.

_Mamãe coloca no desenho pra você, calma, paciência, hum?_ Gabi se irrita fácil.

Fiquei sentada na poltrona por um bom tempo, enquanto ela não tirava os olhos do desenho que passava em meu tablet, logo Vilma apareceu, avisando que o almoço dela estava pronto.

O preço de um amor bandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora