Simone Tebet
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*_Que droga, caramba_ proferi.
Levantei dessa cama horrível, caminhei em círculos, até parar e levar as mãos para as grades geladas, olhei para o corredor, tinha um policial filho da puta fazendo a segurança, voltei para a cama de novo, tirei os chinelos dos pés e me deitei, olhando pro teto.
Ainda vou descobrir quem me denunciou, ah se vou, e matarei, da forma mais tortuosa que possa existir, vou sair daqui em breve, sei que Janja já está cuidando disso pra mim, e logo estarei ao lado da minha menina, que deve estar desesperada agora, sem eu ao seu lado.
_Me acompanhe, por favor_ o policial falou.
Abriu a cela e eu saí, poderia facilmente causar uma confusão, pegar sua arma e matá-lo, mas não vou fazer, não agora, quando eu sair, quem sabe...
Caminhei ao seu lado, por outro corredor, mais uma porta foi aberta, passamos em outro corredor, e paramos em frente à uma outra porta, ele abriu, e eu entrei.
_Simone Tebet, como vai?_ um senhor baixo me perguntou.
_Vou péssima, veio me tirar daqui?_ estou com um humor horrível hoje.
_Sim, vim conversar sobre o seu caso, sente-se por favor_ puxei a cadeira e sentei.
_Então, quando eu saio?_ perguntei.
Iniciamos uma conversa calma, ouvi tudo atentamente ao que ele dizia, eu não fui pega no flagra totalmente, foi toda uma confusão naquela noite infeliz, Soraya já não tava bem, após o ocorrido com aquele desgraçado, mas agora ele está lá no inferno.
_Eu preciso de um celular, minha esposa está esperando por mim_ falei.
_Veja bem, Simone, eu..._
_Eu tenho pressa, arrume um celular_ falei sério.
_Irei providenciar ainda hoje_
_Seja rápido, não me engane_
_Jamais faria isso, eu..._
_Quando vou sair desse inferno?_
_Em breve, já estou cuidando..._
_Eu preciso sair o mais rápido possível daqui, então seja rápido_ vi ele assentir.
Escondi o rosto entre as mãos, meu pensamento agora só era a Soraya, eu sou a única que está ao seu lado, ela só tem à mim, deve estar sofrendo, já estou aqui nessa delegacia há três dias, Janja demorou em mandar um advogado pra mim, mas que bom que mandou.
_Tem uma caneta e papel aí?_ ele me entregou.
Peguei, pensei um pouco e logo comecei a escrever algo para a Sol, disse que breve estaríamos juntas, e para ela ficar de olho em seu celular, eu iria entrar em contato com ela, quando terminei de escrever, dobrei o papel e dei à ele.
_Entregue para a Janja, diga à ela para entregar pra minha esposa_ ele guardou.
_Farei isso assim que sair daqui_ ele levantou.
_Não demore para me tirar daqui_ falei antes que ele saísse.
Logo tive que voltar para a cela que eu estava sozinha, melhor assim, fiquei ali aguardando pelo momento que iriam me entregar o celular, demorou, para o meu estresse, mas finalmente trouxeram para mim, e adivinha, parece que o policial gosta de ganhar uma grana extra, bom garoto.
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O preço de um amor bandido
FanfictionQual preço podemos pagar diante de nossas escolhas?...