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Soraya Thronicke
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_, eu vou, mãe_ peguei minha mochila do sofá.

_Cuidado, pela sombra_ mamãe falou.

_As vezes é bom pegar um solzinho, mãe_ sorri com meu próprio comentário.

_Me contrariando, dona Soraya?_ ela baixou seu óculos, me olhando.

_Eu estava brincando, mamãe_ levantei as mãos em rendição.

_Brincadeirinha besta hein, fale isso pro seu pai também, ele vai gostar_ eu fiquei séria no mesmo instante.

_É melhor eu ir, fora eu tenho um pouquinho de paz ainda_ peguei minhas chaves.

_Quando quebrar a cara, não chore depois_ ela voltou sua atenção para o pano que costurava.

Pensei em falar algo, mas me calei, respirei fundo, abrir a porta, e saí andando, passei pelo pequeno portão, e fui descendo a rua da comunidade, rezava para que eu conseguisse pegar o ônibus à tempo.

_Olha a menina estudiosa_ olhei para a dona da voz.

_Bom dia, Rúbia_ lhe dei um sorriso forçado.

_Indo pra faculdade, ou pra casa da mafiosa? coitada da sua mãe, hein garota?_ falou com deboche.

_Acho que você não tem nada a ver com a minha vida, não acha, vizinha?_ seu semblante ficou sério.

_ vi que ficando como aquela bandida mesmo, onde vamos parar com pessoas desse tipo_ ela revirou os olhos.

_Acho bom você lavar a sua boca para falar da Simone, você não sabe o que aconteceu pra ela ter vindo parar nessa vida_ soltei as palavras pra cima dela.

_Defendendo a mafiosa mesmo? sua mãe vai ficar orgulhosa em saber disso_ eu já ia falar algo, mas Janja apareceu ali no ponto.

_ vi que você não quer colaborar com a chefinha, querida Rúbia, que pena_ a mulher logo ficou assustada.

_Eu acho melhor..._ ela ia falar.

_O que acha de ter uma conversinha com a dona da comunidade, hum?_ Janja falou.

_Eu preciso ir pra minha casa_ a mulher mudou completamente.

_Escuta aqui, Rúbia_ Janja segurou em seu braço.

Se a mulher já tava assustada, ficou mais ainda depois que Janja disse algo bem baixinho em seu ouvido, não deu para eu entender, logo a mulher saiu feito bala na nossa frente, o que ela ouviu será?

_O que disse à ela?_ perguntei pra Janja.

_ a lembrei do que a chefe falou para ela, talvez agora ela leve à sério_ a mulher de óculos sorriu.

Janja pegou seu celular, continuou ali, o ônibus não chegava, olhei no relógio, já tava me atrasando, não gosto de chegar atrasada na faculdade.

_Vamos, Soraya_ ela levantou do banco.

O preço de um amor bandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora