Simone Tebet
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*_E esse sorriso no rosto, Tebet?_ ouvir a pergunta de Janja me fez rir mais ainda.
_Estou sentindo uma felicidade genuína, não sinto à anos em minha vida_ tomei um gole de whisky.
_Dá para perceber essa felicidade, por acaso ela tem nome?_ minha amiga sentou ao meu lado.
_Ah, tem sim, nome e sobrenome, tem o sorriso mai lindo do mundo, e será a melhor advogada desse mundo_ ergui o meu copo para brindar com o dela de suco.
_Um brinde à sua felicidade, minha amiga_ brindamos.
Olhei para Janja com todo o carinho que já senti por alguém, ela sorriu de volta, encostamos a cabeça uma na outra, ela pegou minha mão e apertou, em seguida deixou pousada na sua barriga.
_Ele ou ela terá a melhor tia do mundo_ comentou.
_Eu vou dar o meu melhor_ sorrimos.
Depois de tanto tempo também, vejo a Janja feliz de verdade uma outra vez, esperava pela chegada do seu bebê com Lula, foi uma grande surpresa, mas foi daquelas surpresas que te fazem ver o mundo de uma maneira um pouco melhor, onde acha que nem tudo está perdido para sempre.
_Se quiser encomendar um também, assim eles crescem juntos para brincar_ eu sorri.
_Um dia teremos, logo ou daqui com um tempo, mas ele ou ela virá_ lhe olhei.
_Como ela estava hoje?_ perguntou.
_Simplesmente radiante_ falei num sussurro.
Após dois meses de sua saída do hospital, já estando bem melhor, ela então voltou para a faculdade, esse é o motivo da minha felicidade, ela está voltando a seguir o que tanto sonhava.
_Simone... amor_ nos viramos para ela.
Estávamos na sala que há os livros, é um dos lugar que eu gosto de ficar quando quero relaxar as vezes, mas todo o meu relaxamento foi embora quando vi Soraya com os olhinhos claros cheios d'água.
_Sol, o que houve?_ deixei o copo na mesinha de centro e andei até ela.
_Meu sonho foi por água abaixo, definitivamente, Simone_ eu a abracei.
Olhei para Janja, ainda abraçada à Soraya, ela entendeu, e saiu da sala, mesmo sem saber o que estava acontecendo, deu uma palavra de conforto para a Soraya e saiu, indo para onde estava o seu marido, ficamos então a sós no nosso apartamento.
_Me conte, preciso matar alguém ou só dá algum susto?_ senti seu sorriso contra meu peito.
Mas em seguida ela voltou a chorar de novo, carreguei ela em meu colo, a mesma circulou suas pernas na minha cintura, andei com ela até o quarto, deitei, com ela ainda em meu colo, parecia o meu bebê.
_Não vou mais estudar, nem aqui e nem em Marte, Simone_ sua última frase me fez sorrir, Soraya e suas pérolas.
_Como não vai mais estudar?_ voltei a ficar séria e perguntei.
_Quando eu cheguei na faculdade..._ seu choro voltou.
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O preço de um amor bandido
FanfictionQual preço podemos pagar diante de nossas escolhas?...