:38:

906 108 55
                                    

Simone Tebet
*
*
*

As pessoas se acham tão espertas, mas esquecem do que eu sou capaz de fazer quando mexem com o meu único bem, coitados, acharam que iam ficar por cima, mas estavam totalmente enganados, por amor, pelo meu único amor, eu sou capaz de matar e morrer, e foi isso que eu comecei a fazer quando cheguei aqui, quiseram me enganar, mas falharam nessa missão de merda.

Bastou uma ligação, para que fossem rastreados, me fazendo chegar no lugar em que a minha mulher e mãe do meu filho estavam, demorei, mas consegui encontrar, eu não ia deixar eles ficaram com a Soraya por muito tempo assim, não ia mesmo, resolveram brincar com a pessoa errada, foi rápido tirar o Pacheco e sua família do meu caminho, assim iria ser com seu irmãozinho querido.

Eu mesma fazia questão de mandar ele pro inferno, ele quis brincar com fogo, então iria se queimar, lá fora já não tinha mais ninguém do bando deles, estavam todos mortos, aposto que não escutaram os tiros, usávamos o silenciador em nossas armas, eu não sou besta, eles que são, como já disse, entramos pelas portas do fundo, ouvi vozes alteraradas, e garrafas sendo quebradas.

Mais alguns dos meus homens entraram com a gente também, eles tinham armas maiores, andei em direção à uma sala, muito grande por sinal, esse palácio, como ele chama, vai ser destruído em breve, assim como ele, um dos meus maiores inimigos, vi ele de costa para mim, olhando pela janela, e tomando alguma bebida, ao se virar, deixou o copo cair, ao me ver ali.

_Surpresa, querido_ falei, com um sorriso diabólico no rosto.

_Tebet, como... c-como..._ começou a falar.

_Vai gaguejar agora? não era você que tava me ameaçando momentos atrás?_ me referi à ligação que ele fez.

_Não banque a esperta pra cima de mim_ falou.

_Eu digo o mesmo à você_

_Cadê o dinheiro e as chaves?_

_Lembrei agora, não trouxe_

_Sua imbecil, filha da mãe_

_Que boca suja, Renato, igual ao seu queridinho irmão_

_Não fale do meu irmão, eu vou vingar a morte dele, sua cretina_

_É mesmo? me conte mais dessa vingança_ cruzei meus braços.

_Me entrega a droga das chaves e o dinheiro, agora, ou..._

_Ou o quê? você acha mesmo que eu iria dar à você tudo aquilo que eu conquistei?_

_A gente combinou, você me daria a mala com dinheiro e as chaves, e eu te entregaria aquela vadiazinha de..._

_Agora eu mando você lavar a porra da sua boca, olha como você fala da minha mulher, filho da mãe_

_Me entrega logo, Tebet_

_Cadê ela? quero ela aqui agora_

O preço de um amor bandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora