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Simone Tebet
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_Eu estou esperando, não me faça ir atrás deles no inferno, Janja_ desliguei novamente.

Logo que a ligação foi encerrada, aquele vídeo voltou a aparecer na tela do meu celular, eu estava vendo ele instantes antes da Janja me ligar, meu ódio crescia cada vez mais.

_Inferno_ proferi alto.

Peguei uma garrafa de vodka e bebi um pouco, nem quis usar copo, não queria quebrar outro de novo só esta manhã, me sentei no banco do balcão da minha cozinha.

Peguei o notebook, entrei no aplicativo e digitei uma mensagem para Soraya de novo, mas novamente apenas um risquinho ficou na mensagem enviada.

Sei que ela está com o celular desligado, pois quando ligo, cai direto na caixa postal, ela deve estar sofrendo, e só de imaginar isso, meu peito se aperta, e mais ódio eu sinto.

_Vocês vão pagar dobrado tudo isso que fizeram com ela, ah se vão_ sussurrei, olhando para o nada.

Uma hora se passou depois da terceira conversa que tive com Janja pelo celular, minha paciência tá se esgotando, estou à um passo de sair e ir atrás dela, sei que ela já está com aqueles imbecis, só não quer trazê-los para mim cuidar do serviço, como mandei.

_Janja, a minha paciência se esgotando, eu quero eles aqui, agora_ berrei na ligação, e em seguida taquei o mesmo na parede.

Vi o aparelho branco cair todo despedaçado no chão da minha sala, saí dali e subi até meu quarto, peguei um outro celular e liguei para Lula, ele logo disse que já estava vindo com os moleques, ele também não tem pena.

Não parava quieta naquele apartamento, estava ansiosa para ver a cara daqueles filhos de uma puta que fizeram aquela barbaridade com a minha pequena Sol, não deviam, brincaram com fogo, e agora vão queimar.

A cena não sai da minha cabeça, nele, vejo a Soraya socorrendo um cachorrinho que estava dentro de uma caixa, mas logo em seguida, esses dois moleques imbecis e sem colhão, começam a jogar ovos na minha Sol.

Posso ouvir as risadas dos que estão ali presentes, e dá pra ver que já é fora da faculdade, mas não tão distante dali, reconheci o local onde isso aconteceu, me dói ver a humilhação que fizeram ela passar.

Ainda continuam gravando quando ela sai correndo, levando consigo o pequeno animalzinho, mas uma garota idiota corre atrás dela e toma de suas mãos o cachorrinho, e empurra novamente a Soraya no chão.

Preciso saber quem é ela também, ela vai pagar pelo o que fez com a Soraya, uma pena a Janja não ter a encontrado, mas uma hora eu vou encontrá-la, e farei pagar pelo ato em que cometeu, ela está na minha lista agora.

_Simone, chegamos chefe_ era a voz de Lula.

Fui imediatamente para o quartinho onde tenho uma boa conversa com aqueles que saem da linha, antes de mandá-los diretamente para o inferno, fazendo conhecê-los o próprio satanás.

_O que estamos fazendo aqui?_ um deles perguntou.

_Não lhe dei direito de fala, cala a porra da sua boca, e comece a rezar_ falei, de forma mais fria possível.

Olhei para Janja, que me olhava assustada, me chamou para fora dali, revirei os olhos e a acompanhei até a cozinha.

_Seja rápida, Janja_ disse.

O preço de um amor bandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora