O preço de um amor bandido

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Soraya Thronicke
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_You are my sunshine... my only sunshine... you..._ sorri feito bona ao ouvir a voz da sol.

Andei até a sala que havíamos preparado para nossa filha fazer suas aulas, hoje foi seu terceiro dia, tiramos ela daquela creche no mesmo dia em que Soraya me contou do ocorrido.

Busquei por professoras certas e sérias que pudessem dar aulas particulares para nossa menina, e como eu já previa, não foi fácil assim, demorou, até encontrarmos uma, agradecemos aos céus por isso.

Com uma professora particular já pronta para estar disponível para nossa filha durante quase toda a manhã, começamos então a arrumar a sala onde seria as aulas, e durante esse processo, a tal professora nos enganou.

Sumiu e nunca mais deu notícias, uma idiota, isso que ela é, o tempo então foi passando, a sala ficou pronta, comprei tudo o que seria preciso para nossa filha aprender junto da possível nova professora.

Três meses então passaram, finalmente havíamos encontrado alguém certo, e agora, nossa filha voltou com seus estudos iniciais, no momento, está com sua mãe, já teve sua aula, e agora só amanhã de novo.

_Mamãe, aqui?_ fiquei olhando elas da porta.

_Sim, pode apertar_ sol falou para Gabi.

Na sala de estudos, há um piano, Soraya disse que era seu sonho ter um, e atendendo aos pedidos da mulher que eu amo, comprei para ela, lhe dei de aniversário, de vinte e dois anos, quase todos os dias ela vem tocar um pouquinho, virou um hobby seu.

_Vou cantar pra você de novo_ falou Soraya.

Gabi parecia estar atenta ao que sua mãe fazia, a pequena completou também os seus três aninhos, como tem passado rápido o tempo, ontem eu estava fazendo a mesma dormir em meu peito após mamar, e agora tá aí, querendo aprender a tocar piano com a mamãe.

_You make me happy... when skies..._ continuou a cantar.

Nossa menina ainda usava a roupinha coladinha ao corpo, junto da saia rosa, hoje foi dia de aprender balé, tudo o que podemos fazer por ela, estamos fazendo, por Soraya e meus filhos, sou capaz de tudo, como sempre digo.

_Mamãe sisa_ ela falou.

Saiu do banco depressa e veio correndo em minha direção, a peguei no colo, recebi seu beijo em meu rosto e seu abraço, agora posso dizer que estou de volta ao meu lar, cheguei tem alguns minutos do hotel, precisei ir essa manhã resolver problemas, mas como ia falando, só depois de receber o abraço da minha filha, e em seguida o beijo da mulher que eu amo, que me senti em casa novamente.

_Conseguiu resolver tudo?_ sol perguntou.

_Sim, e com isso, hoje eu irei ficar em casa com vocês_ ela sorriu.

_Sinto muito por não tá indo te acompanhar esses últimos meses_ ela falou, acariciando meu rosto.

_Não quero que se sinta assim, você está grávida, e não iria te fazer bem estar naquele ambiente_ disse.

Eu sentia, claro, a falta dela ali do meu lado, foi assim desde que chegamos aqui em Las Vegas e assumimos o novo negócio, mas também não poderia permitir que ela ficasse lá assim, eles bebem, fumam, brigam, não iria lhe fazer bem essas coisas.