28 - Violado

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TW: Estupro. A história em si já é lotada de TW, mas achei melhor avisar nesse capítulo em específico pois infelizmente é algo mais comum de acontecer do que o resto, por isso acredito que possam haver sobreviventes lendo isso que possam se afetar. Se for sensível a esse tipo de conteúdo, não leia.

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Eu mal podia me mover durante os próximos dias, meu corpo estava me matando. Era como se a dor no meu peito se espalhasse para todos os meus membros, me deixando fraco e cansado. Ainda assim, tentei seguir o conselho do meu colega de cela e, mesmo querendo ficar na cama o dia todo, dei um jeito de ficar perto de outras pessoas. Passava mais tempo no pátio, sentado sozinho num canto, e até que deu certo. Mas eu apenas estava adiando o inevitável.

Eu sempre ia tomar banho quando estava cheio o suficiente pra formar uma fila do lado de fora, assim eu não seria surpreendido por aquele estuprador quando estivesse vulnerável… Por isso, não esperava cair em uma armadilha.

Assim que entrei no banheiro, percebi que um grupo de caras estava saindo. Nada fora do normal, eles podiam ter terminado ao mesmo tempo… Acontece, né? Então por que eu senti um arrepio na espinha? Mesmo assim, fui burro o suficiente pra ignorar e comecei a me despir. Assim que coloquei minha cueca no banco, ouvi uma voz alta e grave gritar.

— Pra fora, todo mundo! Agora!

Todos os caras à minha volta começaram a pegar suas coisas pra sair, até os que ainda estavam molhados e nus, e é claro que eu não seria idiota de ficar lá, então peguei minhas coisas o mais rápido que pude e andei até a porta. Mas, quando estava chegando, senti alguém segurar meu braço. Olhei pro rosto do cara que me segurava e logo o reconheci, era quem eu estava evitando desde o meu primeiro dia naquele lugar.

Enquanto sentia seus dedos grossos na minha pele, o terror invadia minha mente. Eu sabia que gritar por ajuda não iria adiantar, eu estava por minha conta e nem mesmo era forte o suficiente pra puxar meu braço. O que eu deveria fazer? Não conseguia pensar em nada, era difícil respirar enquanto ele olhava nos meus olhos com aqueles dentes amarelos aparecendo abaixo do nariz. Era isso, eu precisava socar seu nariz.

Cerrei os punhos, mas assim que levantei o braço fui jogado pra longe. Minhas costas bateram na parede, cortando minha respiração. Enquanto eu tentava lidar com a dor, ele se aproximava, usando a mesma mão que segurou meu braço pra pegar naquela coisa horrorosa entre suas pernas.

— Você é mais gostoso que eu imaginava. – Por sorte, por causa da capacidade de regeneração que a doença me trouxe, eu já conseguia tentar me arrastar pra longe… Mas não fui rápido o suficiente. – Onde você tá indo, gracinha? – Ele perguntou, e estava prestes a pisar nas minhas costas, mas nem pensar que eu deixaria minha bunda exposta então me virei e ele acabou colocando o pé na minha barriga. Gritei, aquilo doeu pra caralho. Ele estava apertando tão forte que eu quase vomitei.

— Por favor, me solta! – Pedi, tentando empurrar seu pé.

— Eu vou, prometo. – Se agachou, segurando meu rosto e apertando minhas bochechas. – Mas antes disso, tenho que compensar pelo trabalho que tive pra fazer isso tudo, não acha?

Aquele cara definitivamente não ia desistir, eu tinha que ser esperto ou ele ia me estuprar! Mas o medo era tão forte que eu não conseguia pensar direito, a dor na minha barriga também… Peraí, que dor? Não muito após ele tirar o pé de cima de mim pra começar a lamber meu corpo, a dor desapareceu e só o que eu podia sentir era nojo por ter aquele cara me tocando. Sua respiração ofegante enquanto ele se esfregava contra a minha perna o fazia parecer um porco. Um porco enorme, feio e fedorento.

Eu tentei empurrá-lo, mas ele bateu minha cabeça no chão e eu acho que desmaiei por alguns segundos. Não foi por muito tempo, já que ele ainda não tinha feito nada além de me tocar e me lamber quando recobrei a consciência. Eu nunca iria me recuperar da dor de ser violado mas, por causa da doença, me recuperaria rápido de qualquer ferimento então ainda tinha a chance de lutar… Ah é mesmo! A doença!

— Eu tenho uma DST! – Falei, e ele tirou a língua do meu umbigo pra me olhar. Eu tava com tanto nojo, ainda mais quando ele sorriu de novo, e então riu.

— Sabe quantas vezes já ouvi isso?

— Mas é verdade! Se fizer isso, você vai pegar! – Não importava, ele ainda tava rindo. – Olha só, por isso eu sou tão magro! – Eu não sabia se era por causa da doença ou porque eu quase morri de fome, mas tentei. – Eu sinto fome o tempo todo e-

— Tá bom, porra. – Ele finalmente tirou aquelas mãos sujas de mim.

Será que o convenci? Acho que sim, porque ele não se mexeu quando tentei levantar, nem quando comecei a me afastar… Mas, de repente, segurou meu tornozelo, me fazendo cair novamente naquele chão nojento. Tentei chutá-lo, mas ele me puxou pela perna e sentou sobre o meu peito. Eu não conseguia encontrar o ar, ele era muito pesado. Me contorci, tentando escapar, mas ele segurou minha cabeça e tentou enfiar os dedos na minha boca.

— Abre. – Pediu, mas não o fiz. Então ele colocou mais peso sobre mim e eu não pude deixar de abrir a boca, tentando respirar, então ele enfiou os dedos enquanto segurava meu maxilar, tocando em todos os cantos antes de retirá-los. – Sem sangue, ótimo. Dá pra usar.

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