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Votem!!Gavião:
Helena: E você acha que está certo? - encarei-a.
Gavião: E eu falei o que, caralho? - cruzei os braços, sem paciência nenhuma nessa porra.
Helena: Você sumiu assim, sem nem dar satisfação, indo pra festa, enquanto eu fico aqui sem saber de nada. Se fosse ao contrário, se eu tivesse feito o mesmo, você ia pirar, Gavião.
Fechei minha cara ainda mais e senti minha mandíbula travar. Continuei encarando-a sério, e ela ficou me encarando do mesmo jeito.
Helena: Você estaria surtando, querendo quebrar tudo, fazendo cena. Se brincar, ia atrás de mim, como fez quando estava foragido. - Respirei fundo.
Gavião: Tu nem sabe como foi o bagulho e já fica falando, caralho. - Falei sério.
Helena: Não sei? - Cruzou os braços. - Então me diz. Porque, pra mim, a história está bem clara. Você toma suas decisões sem pensar em ninguém além de você. E quando alguém questiona o "dono da razão", é como se fosse um ataque pessoal.
Gavião: Eu fui resolver meus bagulhos, caralho - falei mais sério. - Se não sabe dos bagulhos, é melhor ficar quieta.
Helena: Resolver? - riu. - Você me faz colocar uma expectativa em você, sempre. Quando começa a mudar, quando parece que finalmente vai ser o que eu espero, até fico... sei lá, aliviada. Mas aí, você vacila de novo. Vai pra festa, some, me deixa aqui... me deixa no escuro.
Gavião: Tu sempre quer ficar caçando confusão, porra. Já falei pra tu que eu tenho meus bagulhos para resolver. Se eu não resolver, ninguém resolve nessa porra, não. E eu não vou ficar sentado esperando nego vir tomar o que é meu.
Falei sério e ela me encarou, descruzou os braços e balançou a cabeça. Eu tinha ido para a festa mesmo, saí pra resolver um bagulho e depois me chamaram pra uma resenha e eu fui. Mas não dá em nada esse caralho, sempre fui assim.
Helena: Quer saber? - passou a mão no rosto - Faz o caralho que você quiser. - ergui a sobrancelha - Quer resolver a porra dos seus problemas? Então vai. Quem vai pagar as consequências vai ser você. - Cruzei os braços, vendo que ela estava xingando.
Gavião: Tá tirando com a minha cara, caralho? - me aproximei sério e ela se afastou.
Helena: Se aproxima de mim, não. - apontou - Não falou que eu que fico arrumando confusão à toa? - riu no deboche - Então nem se aproxima, a vida é sua, não é? Faz o que quiser.
Gavião: Se liga, porra - falei sério, não entendo o porquê de ela estar falando assim.
Helena: Tô nem aí mais nessa merda, não - ficou séria - Vai pra sua festa de novo, ou melhor, resolve seus problemas, que nem você falou, né? - riu - E não precisa ir pegar a Gabi, não, pode deixar que eu pego ela. - Se virou, entrando dentro do banheiro, e fechei minha mão em um soco, sentindo mais raiva ainda.
Respirei fundo e deixei isso de lado, pegando meus bagulhos e saindo de casa, ainda sentindo uma raiva fudida. Essa situação toda por causa de um bandido emocionado, que fica se fazendo de blogueiro e posta a festa, me deixando sair atrás. Se foder nesse caralho. O tomate está fodido na minha mão.
Cheguei na boca bolado pra caralho e qualquer um que se aproximasse para fazer graça, não ia prestar. O sol já estava se pondo, passei direto para a minha sala e, assim que sentei na cadeira e puxei meu baseado, bateram na porta. Respirei fundo e mandei entrar.
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Lágrimas de ilusão.
FanfictionNunca espere demais da sorte ou dos outros; no fim, não há quem não decepcione você.