Helena:
A comemoração hoje seria algo mais tranquilo: jantar, churrasquinho e musiquinha. Dani quis começar as comemorações com algo mais formal, entre amigos mais íntimos e alguns familiares.
Por sorte, eu vim com uma roupa mais tranquila. Nem tão arrumada e muito menos vulgar. Algo comportado e tranquilo.
Helena: E você nem avisa, né, sua porrinha? - ela deu risada e eu a abracei. - Já pensou eu vir com uma roupa vulgar?
Dani: Minha vó iria orar por você para afastar tudo de ruim. - Dei risada e a Heloísa riu também.
Heloísa: A minha não é vulgar, mas também não é tão comportada. - Deu risada.
Ela estava com um vestido preto curto que realçava as curvas do corpo dela e que as costas eram nuas. No caminho até aqui, viemos conversando, e ela parece ser uma pessoa muito gente boa, sabe?
Fomos falar com alguns familiares da Dani que estavam aqui e, depois, nos misturamos com os outros amigos dela.
Heloísa: Eu sou formada em pedagogia - comentou - sou apaixonada por crianças e poder ensinar a elas é muito magnífico.
Samara: Você já está ensinando? - perguntou o que eu iria perguntar, e olhei para ela.
Heloísa: Eu me formei recentemente - deu risada - fiz estágio e já me apaixonei muito. Tem alguns meses que comecei a ensinar em uma escola particular, mas daqui a pouco vou estar ensinando em outra escola também. Só estou esperando ficar pronta.
Helena: Você vai criar sua própria escola? - perguntei, na dúvida, e ela negou, rindo.
Heloísa: É uma escola do morro - ergui a sobrancelha. - Uma escola está sendo construída no morro onde eu moro. É meio que uma ONG, na verdade, e lá é onde vamos acolher todas as crianças.
Helena: ONG educacional? - Ela concordou com um sorriso.
Isabele: Eu não trabalharia nisso - falou, fazendo pouco caso. - Trabalhar sem receber nada? Comigo não dá. - Balancei os ombros, não tirando a razão dela.
Não que eu não trabalharia nisso, até porque eu amo ajudar pessoas, mas tem gente que nunca iria trabalhar tanto, se esforçar e acabar se estressando para, no fim, não receber nada. Cada um é cada um.
Heloísa: Consigo de boa, ainda mais para ajudar as crianças que são do mesmo lugar que eu nasci e cresci.
Isabele: É que às vezes eu esqueço que você é desse lugar - olhei sem entender e vi a Samara revirar os olhos.
Samara: Lugar que tem nome, né? - falou, e a Isabele soltou um sorriso de lado, com deboche.
Ué, gente? Ela está debochando de quê? Não tem nem do que debochar. Eu, hein.
Dani: Lasanha daqui a pouco vai estar sendo servida - chegou na mesa - vish, que climinha é esse?
Heloísa: Nada - sorriu - estava falando da escola que vai ter lá no morro.
Dani: Ah, aquela que você tinha comentado? - perguntou sorrindo, e ela concordou.
Helena: E como é que faz para trabalhar nessa ONG? - perguntei interessada e percebi todos direcionarem o olhar para mim. - O que foi, gente?
Samara: Você interessada assim? - ergueu a sobrancelha.
Helena: Mas eu sempre gostei de ajudar as pessoas - falei, sem entender.
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Lágrimas de ilusão.
FanfictionNunca espere demais da sorte ou dos outros; no fim, não há quem não decepcione você.