• Kevin •

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Atenção

Eu mordia com impaciência a ponta de uma caneta enquanto encarava o garoto a minha frente. Ele estava concentrando, provavelmente nem se eu acenasse ou ao menos me movesse isso atrairia sua atenção para mim.

Estávamos nessa droga a semanas, até meses me arrisco a dizer, e eu estava a beira de um colapso nervoso. Eu sabia que Kevin havia mudado, desde o seu "surto" na época em que ele sumiu, eu soube disso. Ele já não era mais o mesmo, a forma de agir ou se mover, parecia sempre atento, como se a qualquer momento algo pudesse surgir do escuro e o atacar, além dos dias em que ele e sua mãe sumiam. Agora eu entendo, mais ou menos, o porque de tudo isso.

Profeta. Alguns podem considerar uma dádiva ser um profeta, mas eu vejo o caos que isso causa. As noites sem dormir, os pesadelos, a pressão que vivem colocando, seja das pessoas boas ou más, mas eu, particularmente, nem sei mais quem é o bem e quem é o mau. Todos parecem querer a mesma coisa de Kevin. Que ele decifre as tais placas, seja ela a dos demônios ou anjos, eu nem sei mais diferenciar.

Só sei que estou aqui, vendo tudo o que ele tem passado, quando os Winchester o procuraram novamente, nós havíamos acabado de nos reencontrar, eu sentia ele mais leve do que das outras vezes, parecia mais tranquilo, mas tudo isso se foi novamente. Ele pediu que eu viesse com ele, e me explicou tudo o que eu deveria saber. Claro que não acreditei em nada, e o chamei de louco. Até ser encurralada por demônios. Demônios! Eles realmente existem. Eles queriam Kevin, e eles achavam que eu seria a isca perfeita para atraí-lo, são criaturas espertas, Kevin veio, horas depois, junto aos dois irmãos bonitões, e conseguiram matar a todos. Foi aí que eu percebi que não era loucura. E vim com Kevin para o bunker dos homens de letras, tem coisa mais sinistra? É como um lugar subterrâneo que contém informações sobre os mais variados tipos de monstros e anjos, demônios. São tantas coisas, minha mente nem consegue processar tudo o que aprendi em tão pouco tempo.

- Por que está me olhando assim? - meus olhos pareceram se focar realmente em Kevin novamente após ouvir sua voz.

Eu me ajeitei na cadeira vendo-o me olhar, a curiosidade pairando em seus olhos, tirei a caneta da boca e a coloquei sob a mesa o encarando em silêncio, ao ter seus olhos em mim, senti um leve fervor subir por minha pele. Lentamente desviei os olhos dos seus e percebi que não via Dean ou Sam a horas, mais cedo, eles falaram que iriam a uma caçada. Ou seja, Kevin e eu estamos sozinhos em uma bunker rodeados de coisas estranhas e malucas. Há coisa mais excitante que isso?

Abrindo um sorriso, eu me levanto dando a volta na mesa daquela biblioteca, parando a poucos centímetros de Kevin, que sustentava meu olhar, eu deslizei uma das minhas mãos sensualmente pelo decote da minha blusa e me inclinei sob ele, dando-lhe um visão privilegiada daquela região, o que imediatamente atraiu seu olhar.

- Agora eu tenho sua atenção? - Sussurrei em seu ouvido.

Não, eu não sou o tipo de garota sonsa certinha, muito pelo contrário. Sempre fui considerada a ovelha negra da família, e sempre fiz questão de fazer jus a esse título que carinhosamente me foi dado. A frase "os opostos se atraem" sempre fez sentido para Kevin e eu, estamos juntos desde o colegial, quando me mudei para a casa ao lado da sua, e enquanto ele era o tipo de cara que decidia em quais das melhores faculdades ele entraria, eu era a que me metia em vários tipos de problemas diferentes. Kevin parecia em uma luta interna, como se fosse difícil demais decidir entre voltar ao trabalho ou continuar aquele joguinho.

- Linda, eu preciso...- revirei os olhos, percebendo qual ele havia escolhido. Mas, felizmente, eu não dava a mínima para aquilo.

- Shh... - coloco meus dedos sob seus lábios impedindo-o de continuar.

Passei minha língua lentamente pelo seu pescoço, enquanto apoiava minhas pernas na cadeira ao redor das suas, e isso foi o suficiente para ouvir um suspiro escapar por seus lábios. Eu sabia que ele estava prestes a ceder.

- Linda... - Eu ignorei seu chamado, enquanto continuava meu trabalho em seu pescoço, sugando a pele sensível deixando uma marca avermelhada na região.

E eu senti um sorriso vitorioso se instalar em meus lábios quando Kevin agarrou minha cintura, apertando-a com força enquanto me empurrava para sentar na mesa, ele ficou de pé apenas para se por entre minhas pernas e juntar nossas bocas com rapidez e fervor. Era disso que eu gostava, Kevin era um garoto tímido e reservado na maioria do tempo, mas somente eu conhecia seu lado sedento.

Suas mãos subiram aos meus seios apertando-os levemente, descendo logo em seguida para puxar minha camiseta para cima, seus lábios arrancaram por minha, e ele sugou um dos bicos já rijos, fazendo-me arquear as costas em busca de mais contato.

Suas mãos, mais uma vez rápidas, puxaram minha calça tirando do meu corpo junto a calcinha, quando ele próprio arrancou sua camisa e começou a desafivrelar sua calça, ele me olhou.

- Camisinha.

- Tenho no meu quarto. - sorri, enquanto o via descer a calça jeans revelando o volume aparente na boxe.

- Vai pegar.

A voz dele era baixa, e soava como uma ordem, mas eu sabia que aquilo era todo o desejo que ele vinham acumulando em todos esses dias. Por isso, em um pulo eu desci da mesa e corri ao quarto pegando um preservativo e voltando a biblioteca, onde ele já estava nu, me esperando. Sorri enquanto abria a embalagem, e passava a camisinha por sua ereção, quando terminei, ele me pegou no colo, voltando a me por sob a mesa e se colocando entre minhas pernas novamente, as quais não tive relutância alguma em abrir.

Quando ele se enfiou em mim, não pude conter o gemido que escapou da minha boca, ele envestia contra mim, estocadas fortes e rápidas, do jeito que eu sempre gostei que fizesse, os lábios maltratando meu pescoço, enquanto suas mão me apoiavam, mantendo seu corpo colado ao meu. Eu senti falta disso, tê-lo por perto, sua atenção focada apenas no seu e no meu prazer. Era isso que eu queria, e é isso que me fez perceber.

- Eu te amo.

Soltei entre um suspiro, ele levantou a cabeça olhando nos meus olhos, sem parar seus movimentos, e eu precisei quebrar o contato, meus olhos se fecharam quando senti que estava cada vez mais perto, e a cada estocada que ele dava eu sentia meu prazer desenfrear, assim como o dele que parecia no mesmo que eu, um delicioso orgasmo que me fez ver estrelas veio segundos depois, junto ao dele.

Minutos depois ele se afastou me encarando, o que me fez finalmente abrir os olhos, e eu sabia pela sua expressão o que viria a seguir.

- Você realmente quis dizer aquilo?

Kevin tinha certo receio em relação a isso, já que sempre deixei claro que eu não queria nada sério, além de sexo. Eu era problemática demais pra meter alguém nos meus problemas. Mas eu não posso negar o que meu coração estava dizendo.

- Sim Kevin, eu te amo.

Ele sorri se inclinando para me beijar

- Eu também te amo, sempre amei.

Saber disso me deixa imensamente feliz, mas eu preciso vestir a minha capa novamente.

- Okay, mas não se atreva a dizer que eu falei algo assim a ninguém.

Ele riu, já me conhecendo o suficiente pra não se importar.

- Eu não vou falar nada. - ele se afastou pegando minha calça e blusa do chão e me entregando - Você mesma vai.

Ele dá uma piscadela e se vira pegando suas próprias e começando a vestí-las, e eu pergunto com quem ele aprendeu a ser tão gostoso assim.


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E aí? O que acharam? Espero que tenham gostado, comente aí em baixo. Beijos♡

Reescrito!

- LanaMaryy

♡ Imagines- Supernatural ♡ (Reescrevendo) Onde histórias criam vida. Descubra agora