° Dean °

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° Lidar °

Parte 2

- Hey!

Falo ao entrar na biblioteca e ver Sam entretido com um livro, eu abro um sorriso ao ver sua olhar vir até mim e em seguida adquirir uma expressão  confusa.

- Hey... Eu tenho tantas perguntas - ele aponta para mim -  Porque está usando boné?

- Gostou? Acho que combina comigo.

Eu ajeito o boné em minha cabeça.

- Você vai sair?

- Sim, estou indo num encontro as cegas. - sorrio de lado - Estou usando boné pois foi o que eu disse que usaria como identificação.

Sam faz uma expressão surpresa.

- Não acha perigoso ir num encontro as cegas, justo você que é uma pessoa tão... visual.

- Sim, é perigoso, mas é exatamente isso que eu quero! Estou cansado de casos sem sentidos, quero algo diferente.

- Tudo bem então, bom encontro.

Eu agradeço e suco as escadas do bunker indo até minha viatura e dando partida em direção ao bar. Sinceramente estava curioso sobre a garota com quem eu saíria hoje, conheci ela num site de relacionamento para anônimos, conversamos por alguns dias e eu a achei legal apesar de ser bem vaga quando se tratava de informações sobre sua vida.

Assim que estaciono em uma vaga, eu desço e caminho até a entrada do bar, como era a noite de uma quarta não haviam muitas pessoas ali, eu olhei em volta procurando pela mulher e logo a encontrei, ela estava de costas, mas sei que é ela pois vi o lenço vermelho amarrado em seu pulso quando chamou a garçonete. Me aproximei em passos confiantes.

- Com licença.

A mulher logo se vira e eu me surpreendo ao ver Linda ali, usava um vestido da cor do lenço e sandálias de salto das quais não estava acostumada a ver, muito bonita.

- Dean, o que faz aqui?

Ela olha para o meu rosto e logo em seguida para o boné, sinto um leve nervosismo ao ver sua expressão.

- Ah não. Não me diga que você é o meu encontro.

Eu tento não me abalar pelo tom de sua voz.

- Parece que sim, marvete.189?

Ela olha para mim quando escuta seu apelido do site em que estávamos nos falando.

- E acho que você é o Impala68? Cara, o seu é 67!

Eu dou de ombros.

- Acabei errando na hora de digitar.

Tinha que confessar que aquela situação era até engraçada.

- Posso sentar? - pergunto apontando para a cadeira.

- Eu não sei Dean-

- Qual é, acabamos de descobrir que somos o encontro do outro. Não vai ter nada melhor para fazer agora.

Assim que falo ela balança a cabeça e eu me senti pedido uma cerveja a garçonete que acabou de passar na mesa. Assim que ela trás nossas cervejas nós bebemos em silêncio, como gerlamente costumamos fazer quando vamos a bares, mas não queria deixar um clima ruim.

- Gostei das bochechas rosadas. É aquele trequinho que passa para deixar  vermelho né? - tento quebrar o gelo.

- É.

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