DOIDO POR ELA

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Londres - 1992

Era uma segunda feira a noite quando o meu destino cruzou o dela novamente. Chovia forte e era a noite mais fria do ano quando fui deixado na porta das pessoas que eu chamo de pais. 

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- Vou acender a lareira querida! 

Rob Seyfried diz olhando para sua esposa sentada no sofá. Ela estava tricotando alguma coisa para o bebê que está a caminho. Ela o olha e boceja. 

- Ah sim, estou morrendo de frio! 

A lareira é acesa e Rob se senta ao lado de sua esposa. Ele acaricia a barriga dela já grande e diz.

- Falta quantos meses para ela nascer?

- Dois, não vejo a hora de tê-la em meus braços! 

Ela olha para seu marido  e diz meio cabisbaixa. 

- Sei que você queria um menino, mas nós podemos tentar de novo!

Rob olha pra ela sorrindo e diz beijando sua bochecha. 

- Eu estou feliz com a nossa pequenina, não fique assim querida. 

Ela suspira ao lado de seu marido e então a campainha toca. Os dois se entreolham estranhando ter alguém a sua porta a essa hora da noite, ainda mais embaixo de uma tempestade. 

- Deixa que eu atendo! 

Rob diz se levantando e indo em direção a porta. Ele olha pelo olho mágico, mas não vê ninguém, então abre a porta e olha para os dois lados. Quando o relâmpago clareia a rua ele finalmente vê o bebê. Dentro de uma cesta coberto de pano ele dorme todo encolhido. 

- Meu Deus!

Ella Seyfried exclama atrás de seu marido, ele se abaixa pegando a cesta nos braços e entra fechando a porta. Os dois adam até a sala e sentam no sofá, apoia a cesta e checa o bebê entre os lençóis.

- Ele está vivo?

Emma pergunta se ajoelhando ao lado dele e seu marido responde.

- Sim! Está um pouco gelado por causa do frio, mas está vivo. Vou buscar outros lençóis para aquecer ele melhor...

Ele se levanta e sobe as escadas atrás de lençóis limpos enquanto Emma o olha cheia de carinho e compaixão. Ela o pega no colo cuidadosamente e o pequeno abre os olhos, são azuis. O bebê a encara e começa a brincar com seu cabelo loiro, fazendo-a sorrir.

- Oi bebê!

Ela sussurra pra ele e de repente sente sua barriga se mover, o bebê estava chutando. 

- Acho que ela gostou de você pequenino! 

Emma diz se referindo a sua filha que estava em sua barriga, Rob desce as escadas e se depara com sua esposa aninhando o bebê em seus braços. Ele sorri para aquela cena e se aproxima dos dois.

- Ele acordou?

- Sim. É menino!

Rob cobre os dois com a manta e suspira pensando no que ia fazer agora. Ele procura no cesto alguma carta, qualquer coisa, mas não há nada. 

- Não tem nem uma carta da pessoa que o deixou aqui! 

Emma nem presta atenção em seu marido, sua atenção estava focada no pequeno bebê em seu colo. 

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