Rob e Emma Seyfried são um casal que esperam pela sua primeira filha, quando em uma noite chuvosa de 1992 uma pessoa deixa um bebê, um menino em sua porta. Eles se vêem encantados pelo pequeno menino e resolvem criá-lo como se fosse seu próprio filh...
Eu aprendi que nem tudo que a gente deseja se realiza e nem tudo que a gente acha que é para sempre é!
Depois daquela noite, à um ano atrás eu enterrei meu amor, minhas esperanças e meu filho no quintal de minha casa. Quando ele saiu de mim eu chorei que nem uma criança quando se perde dos pais, se não fosse pela Babi eu não acho que conseguiria ter feito o que fiz. Logo depois eu entrei em uma depressão profunda, me sentia culpada por ter tirado aquele pequeno ser de dentro de mim. Sei hoje que foi a coisa certa a se fazer, não sei como seria minha vida e nem a dele se eu resolvesse levar aquela gravidez até o fim. Minha mãe nunca aceitaria, eu não tinha como me sustentar e não podia jogar um filho e uma adolescente nas costas de Calvin, eu destruiria seu futuro. O ultimo ano passou como uma tempestade em época de verão, turbulento e rápido. Babi me ajudou a sair da fossa que eu entrei e logo depois, faltando apenas uma semana para meus estudos acabarem ele voltou a falar comigo.
Estava andando de volta pra casa quando ele aparece do meu lado respirando forte provavelmente por ter corrido atrás de mim. Eu olho para seu rosto sem entender o que ele queria. Eu não paro de andar nem por um minuto, ele me acompanha e então diz olhando para o chão.
- Queria falar com você a muito tempo Lili. Sei que você não quer papo comigo, mas eu preciso apenas que me escute.
Continuo a andar agora olhando pra frente, me pergunto o por que dele vir falar comigo logo agora. Ele mora praticamente na mesma rua que eu, todos os dias durante esse ano ele me viu passar na frente de seu trabalho e me ignorou como se não me conhecesse. Ele percebe que eu não vou responde-lo e continua.
- Eu sinto muito pelo seu pai. Queria poder ter dito isso antes, queria poder ter ajudado você e sua família no que pudesse mas... depois daquela briga ano passado... depois do que eu disse sobre você... eu me arrependo de mais de ter te ofendido. Eu só não podia acreditar no que meus olhos estavam vendo. Quero pedir desculpas a você, sei que não será capaz de me perdoar... eu só queria que soubesse que eu me arrependi!
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Levanto uma sobrancelha quando ele termina de pedir desculpas, o fato dele não ter mencionado o quanto se arrepende de ter ofendido meu irmão não passou despercebido. Mais eu não o julgo, na verdade ele nunca entenderia o que se passava entre mim e Calvin naquela época. Esse é um segredo e um sentimento que apenas eu e ele sabemos a dimensão. Meu peito dói quando começo a lembrar desses momentos que passamos juntos. Eu paro no meio do caminho e olho pra Sam.
- Está perdoado Sam!
Ele franze o cenho e diz cruzando os braços.
- Só isso?! Não vai me xingar e nem gritar comigo?
Eu deixo um sorriso escapar de meus lábios e digo.
- Não, é só isso. Não tenho motivo pra te odiar Sam, nada do que você disse naquele dia me atingiu!
