O Mal

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Lili

Sentada no canto da mesa em uma lanchonete eu observo atenta a cara cínica de Julia enquanto ela pronuncia mentira em cima de mentira sobre o quanto sente sobre a morte do gatinho e que hoje em dia não estamos mais seguros em lugar nenhum

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Sentada no canto da mesa em uma lanchonete eu observo atenta a cara cínica de Julia enquanto ela pronuncia mentira em cima de mentira sobre o quanto sente sobre a morte do gatinho e que hoje em dia não estamos mais seguros em lugar nenhum. Nisso eu preciso concordar com ela, porque sei que não estou segura nem dentro da minha própria casa com sua presença constante.

- Você gosta de café com quantos cubos de açúcar querida?

Ela pergunta servindo uma xícara e eu digo desconfortável com essa situação, ao contrário dela eu não sei fingir minhas emoções e muito menos ser falsa.

- Porque você não para de me chamar de querida Julia, não estamos mais na frente do meu marido!

Com um suspiro ela me encara, abre um pequeno sorriso e concorda com um aceno antes de dizer encarando fixamente meus olhos sem nem ao menos piscar.

- Só estou tentando ser gentil com você Lili.

- Porque não cortamos pra parte em que você abre o jogo de uma vez, porque você nunca apareceu antes pra conhecer seu filho?

- Eu não podia...

- E porque não?

- Porque seu pai era casado e eu não queria destruir o casamento dele.

Bufo achando graça de sua aparente consideração com o relacionamento dele com minha mãe.

- E você não acha que o fez quando deu em cima do meu pai e engravidou dele?!

Com o cenho franzido ela cruza seus braços e diz em um tom de deboche.

- Você realmente não sabe quem era o seu pai não é Lili? Ele me procurou, ele quis uma mulher que não estivesse tão neurótica em ter um filho!

Engulo em seco sentindo meu coração se apertar de dor com suas palavras, me inclino na sua direção e digo sentindo meu sangue esquentar em minhas veias fazendo com que minha barriga fique dura.

- Cuidado com o jeito em que fala da minha mãe sua desclassificada, você não passou de um passa tempo que acabou gerando um filho ao qual não teve a competência de criar. Você deveria agradecer aos céus todos os dias por Calvin ter tido uma mãe amorosa que o tratou como um filho de sangue!

Seus lábios se esticam em um sorriso sinistro e eu sinto aquele arrepio novamente subir de minha espinha até minha nuca arrepiando meus pelinhos. Ela me lembra alguém, seus olhos me lembram uma pessoa, mas quem?

- Você não tem o direito de aparecer novamente na vida dele Julia, você não vai destruir a minha família.

Digo me levantando e saindo da frente dessa mulher, ando as pressas pra fora do estabelecimento, paro abruptamente sorvendo com força o ar puro, tento me acalmar até que Tom aparece com o carro, ele sai do banco do motorista e pergunta dando a volta para me amparar.

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