Futuro Incerto

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Lili

Fico encarando meu irmão por um bom tempo depois de termos feito amor, duas vezes!

O jeito que nós fizemos foi cru, foi puro desejo. Como se nós dois estivéssemos buscando a fonte da vida um no outro. O que mais me impressionou foi ele ter chorado quando gozou dentro de mim, me fez tantas promessas. Fiquei atordoada. Ele pareceu tão nervoso, ele está escondendo algo de mim. 

Me levanto bem devagarinho para não acordá-lo, entro em seu banheiro e tomo uma ducha rápida. Visto uma de suas camisas e saio de seu quarto, pego um short jeans no meu e desço as escadas. Preparo torradas e suco, quando estou prestes a subir as escadas e chamar Calvin a campainha toca e eu corro pra atender.

- Babi!

Digo sorrindo quando abro a porta. Ela me olha de cima a baixo e diz de olhos arregalados.

- Vocês treparam!

Meu sorriso desaparece aos poucos e me olho. Merda a blusa de Calvin!

Tento me fazer de desentendida e digo.

- Do que você tá falando louca?!

Ela aperta os olhos e entra, fecho a porta rezando para que ela não insista no assunto.

- Não precisa mentir pra mim Lili. Você tá com uma cara pós foda do caralho!

Levanto uma sobrancelha e pergunto debochada.

- Isso existe?

- Rá, rá! Conta logo, vocês transaram. Você e Calvin!

Minha orelha esquenta de vergonha e medo. Mas não consigo mentir pra ela, então assumo.

- Sim. Eu e ele temos ... um relacionamento!

Ela fica de queixo caído e se senta em meu sofá. Suspiro e me sento ao lado dela.

- Você não pode contar isso pra ninguém Babi.

- Eu sei! Eu nunca faria isso.

Levanto uma sobrancelha duvidando de sua palavra. Ela me encara e então diz.

- Eu sabia, vocês dois são muito ligados um no outro. É visível você sabe!

- Eu sei!

Digo sorrindo nervosamente. Ela tem razão, eu e Calvin não sabemos disfarçar o que temos um pelo outro. Às vezes eu morro de medo que alguém esperto o bastante perceba que nós somos mais do que irmãos.

- Eu amo ele. Não sei como desfazer esse sentimento, na verdade acho que não tem nem como, eu pertenço a ele!

- Porra!

Babi xinga sorrindo pra mim. Ela pega minha mão e pergunta.

- Como foi?

Viro o olho para sua curiosidade exagerada e dou de ombros.

- Maravilhoso! Nós parecemos dois fios desencapados em choque quando acontece. Sinto ele por todo meu corpo, penetrando camada por camada, me levando nas nuvens.

- Ual! Isso é quente.

- Muito!

Sorrio pra ela, balanço minha cabeça e digo sentindo um aperto em meu peito.

- Ele vai pra faculdade. Fica longe demais daqui, não sei o que fazer! Sinto que vou perdê-lo no momento que ele partir.

Babi sorri carinhosamente e diz alisando minha mão.

Babi sorri carinhosamente e diz alisando minha mão

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