HORTÊNCIA CAPÍTULO 6.
Liguei minha camionete e sai daquele lugar rumo a cidade.
Quando me formei em medicina fiz um juramento de salvar vidas, e eu precisava fazer algo pela quela mulher não sou a esperto na da medicina, mais quando fiz residência meu pai sempre me disse que eu tinha tino pra coisa.E aos meus olhos a única doença daquela pobre mulher é anemia causada pela fome e alimentação precária. Seu corpo está fraco e trêmulo precisando de vitaminas e eu não preciso de um exame para diagnosticar seu problema.
Eu não sou supersticiosa, mais pra mim isso é coisa do destino, eu não escolhi esse lugar ele me escolheu, só não sei o que o destino me reserva. Ou qual será meu papel de ante as adversidades que virão?
Preciso saber mais sobre essa fazenda Santa Ana, vou procurar saber quem é o dono conversar com ele, não pode ser tão ruim como aquela senhora contou? Pode ser que nem ele saiba que aquelas pessoas vivem daquela forma. Talvez um mal administrador pode estar desviando os recursos não sei é tão absurdo tudo.
Dirijo mais de vinte quilômetros para encontrar o primeiro posto de gasolina sei que a camionete é econômica e o ponteiro está marcando meio tanque de óleo diesel mesmo assim mando completar.
Antes de pegar a estrada meu pai me deu várias informações importantes sobre o carro e ele também tomou várias precauções colocou quatro pneus blindados e mandou blindar os vidros os pneus são resistentes tanto no asfalto quanto na terra ou em dias chuvosos.
O frentista veio me atender sua curiosidade era percebível, me analisava dos pés à cabeça e aquilo me deixou incomodada.
Depois que abasteci minha camionete estacionei do lado do posto peguei meu telefone e liguei para o meu pai. A ligação não completava insisti quando pensei que havia conseguido ruídos eram ouvidos era muita interferência não me deixava ouvir nada então desisti.
Entrei na loja de conveniência que estava deserta para pagar pelo combustível, perguntei a ele se tinha uma maquininha de cartão, ele balança a cabeça que não que ali era só no dinheiro. Sabia o valor porque o tinha visto na bomba, o valor era de duzentos reais, abri minha carteira peguei o dinheiro e dei a ele.
Antes de sari perguntei em qual direção ficava a cidade ele me respondeu que eu pegasse a estrada da direita vinte oito quilômetros a frente, se encontrava a cidade de Mariana. Agradeci e fui andando até meu carro antes que eu entrasse o homem me chamou.
-A dona é nova por aqui? Eu não respondi fazendo outra pergunta. -Qual o interesse do senhor em saber isso? -É que eu vi a dona sai da estrada que vai para as bandas da fazenda Santa Ana.
-Outra vez esse nome. Respondo-o entrando no meu carro. -Sim eu sou nova por aqui, e não sou da Santa Ana.
-E de onde a dona é? A curiosidade dele estava me deixando nervosa e o respondo no estalo.
-Sou do sítio manacá. Digo dando um breve sorriso. -Eu não conheço, mas vou lhe dar um conselho, tome cuidado com essas estradas o perigo está camuflado na beleza das árvores e das plantas, mantenha seus olhos bem abertos.
Fito aquele homem a alguns metros a minha frente mantenho me em silêncio, ligo meu carro e vou na direção que ele indicou. O que ele quis dizer que o perigo está camuflado? Balanço minha cabeça tirando esses pensamentos, não tenho nem quarenta e oito horas nesse lugar e já estou ficando com a menti lerda.
Na cidade a entrada é bem normal, bem simples e a cada metro andado não se muda muita coisa, poucas pessoas nas ruas, pouco movimento de carros. Estaciono e vou procurar um viveiro de plantas quero comprar sementes adubos e insumos para o cultivo das minhas flores hortênsias.
Lembro das palavras de desdém da minha mãe dizendo que eu não sei a diferença entre cebolinha e grama. Se ela soubesse o quanto sei sobre plantas ela se assustaria. Minha mãe passou a vida dedicada aquele hospital, e eu fui criada pelas empregadas lembro da minha querida Jozefa, me ensinou a cozinhar, e seu Nicolau me a lidar com as flores, era maravilhoso. Minha mãe nem sonha, foi a melhor época da minha vida, quando estava no horário que ela chegaria, eu corria para meu quarto e fingia estudar, era sempre assim.
Aquela conversa que as pessoas dizem que o filho único é mimado eu era, mas somente por meu pai minha mãe era sempre severa.
Uma moça bem simples me atendi. -Você teria mudas de hortênsias? A moça faz uma cara de decepção. - Não aqui só trabalhamos com azaleias, primaveras, palmeiras, cactos, rosas do deserto e suculentas. - Qui pena mesmo assim muito obrigado.
Deixo o viveiro e saio desbravando a cidade a pé. Cruso uma esquina e avisto uma farmácia. A cidade tem um certo charme, mas o que chama a minha atenção mesmo é o nome da.
- Farmácia Santa Ana. Sussurro alto, perdi as contas de quantas vezes esse nome ecoou no meu ouvido hoje.
Entro na farmácia e peço algumas caixas de vitaminas para gestante, gazes anti sépticos alguns antibióticos, soro, o farmacêutico diz que antibióticos era vendido somente com receitas pego um bloco de receita na minha bolsa prescrevo pego meu carimbo, que sempre está comigo. Carimbo a receita e assino ele arregalava os olhos, mas não diz nada, lugar esquisito, vai ao computador faz uma pesquisa com certeza está checando se não sou uma fraude, ele retorna até mim põe os remédios sobre o balcão, peço para ele colocar tudo em uma caixa pago e vou embora.
Agora preciso fazer umas compras meu pai disse que eu poderia usar o cartão da forma que eu preferir. E pelo que estou vendo aqui só se usa dinheiro, qui raio de lugar é esse preciso de um banco de preferência o meu.
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O Cheiro do pecado completa.
RomanceObra completamente fictícia, nome lugares, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. UM ROMANCE DARK. Para maiores de 21 anos, contém cenas de violência, física e verbal.