O Cheiro do pecado completa.

LÚCIOS CAPÍTULO 31.

SEM CORREÇÃO CONTÉM ERROS.

LÚCIOS CAPÍTULO 31.

O DESTINO SEMPRE ESTEVE COMIGO, MAS EU ESTAVA CEGO.

O que significava ser um pai, se não aprendi nem a ser um filho, o homem que dizia ser meu pai na verdade ele era meu algoz, eu não era um filho, eu era um soldado.

 Eu obedecia, quando eu não era obediente eu era punido. Eu não conhecia nem mesmo a história do meu pai, não sabia se ele tinha sido um bom filho, porque comigo ele não foi um bom pai. 

Durante anos eu tinha absoluta certeza que esse fenômeno não iria acontecer comigo, eu já tinha me conformado as trevas, viver nas sombras sozinho sem uma parceira de alma e sem um filhote, olhar pra ele e ver características minhas.

Mas eu me enganei ela chegou na minha vida derrubando os muros que me prendia, abrindo os cadeados, soltando as correntes que eu arrastava. Tudo começou com um simples aroma deixado no ar, sendo trazido pelo vento, era a primeira pista do destino.

Cheiro de esperança. Agora com os pensamentos claros e organizados eu a vejo, me curvo ao destino, minha mãe estava certa; não fui abandonado, eu o abandonei virando as costas a ele.

O cheiro da sua pele eu já o conhecia, era o mesmo aroma que exalava dos longos cabelos da minha mãe, eu sentia paz, era como um calmante que eu bebia e tudo se tornava bom e acolhedor. 

O mesmo aroma, na pele dela me causando reações diferentes, acelerando meu coração me despertando a alma, libertando meus instintos de homem, luxuria, desejos; tenho vontade de devora-la, cometer o pecado da carne, me fundir a ela. 

Mas o que ela fez com meu corpo foi apenas o começo, o que eu não acreditava ser possível aconteceu, ela estava carregando meu filho.  Um filho que eu nunca nem sonhei em ter porque eu acreditava não ser capaz. 

Ela foi namorada do Cezar ele a conheceu antes de mim, se conheceram na faculdade, na época, ele queria que eu fosse com ele, mais meu pai interferiu e fui pra Maringá, então a segunda pista não foi revelada e ficou na estrada.

Cezar me contou que ela mesma que fabricava seu perfume, que trouxe de uma viagem do amazonas quando era criança, as lembranças vêm em minha mente como a água do rio descendo em uma cascata.

Um dia ela irá chutar bem mais que sua canela, ela chutou minha alma, na primeira vez que ouvi sua voz eu reconheci, eu já tinha ouvido antes, mas não a vi, ela me visitava quando fiquei em coma conversava comigo enquanto eu dormia, era um gesto que ela tinha com todos os pacientes no meio deles eu estava foi a terceira pista do destino.

Ele não conformado com os caminhos que segui, a mandou direto as minhas terras, provando o seu poder e garantindo que dele ninguém escapa. Eu como um louco doente parti pra cima dela a devorando como um animal afobado com tudo que senti em ter ela na minha frente.

 Sem pensar nas consequências a estuprei pensei que seria a única chance que teria, a cegueira da loucura não me deixou ver que ela era a minha parceira de alma. 

O primeiro pensamento que tive foi leva-la pra fazenda, mais agora com ela ao meu lado mudei meus planos, vamos ficar e esperar, eu preciso saber o que Cezar pretende depois da revelação. Enquanto ele não souber que sou eu o pai da criança eu terei vantagem sobre ele, estando sempre um passo na sua frente.

Os portões da mansão se abriram e entrei com ela, eu não poderia ir para a Casa de costume era perigoso, Cezar poderia vir atrás e encontra-la, agora não seria o momento para confronta-lo. 

Resolvi ir para a antiga casa que meu pai usava, Cezar não conhecia, nunca foi até lá era afastada do centro, um bairro tranquilo, a casa estava fechada, mas tinha um caseiro que cuidava e a mantinha limpa.