CAPÍTULO 7
PARTE 2.
O gado doente foi remanejado, sem qualquer expectativa de melhora, seria mais eficaz sacrificar todos. O exame feito para comprovar o envenenamento irá demorar cerca de dois dias até lá, alguns não sobreviveriam morreriam por falta de ar. Inferno! Não posso deixá-los agonizando.
Uma cova grande foi aberta para enterrar o gado o sacrifício foi preciso, um prejuízo insignificante, que eu terei prazer em cobrar. Dei as costas aqueles malditos, tinha total convicção que não viriam até mim para contar o mal feito.
Me afastei, fiz eles pensar que estavam livres que tinham se vingado, tolos, montei meu cavalo os deixando parados como estacas se olhando sem entender meu comportamento. Sem saberem o que fazer ou pra onde ir. Uma coisa era certa alguém ia pagar, àquela hora os deixaria sentir o gostinho de ficarem impunis, a sensação de vigia-los dar o bote era excitante de um fascínio sobrenatural.
Olha-los e ver o suor brotando sobre seus poros aterrorizados e ao mesmo tempo intrigados com o que acabaram de presenciar. Eu coronel Lúcios corona nunca deixaria de punir alguém por mais mínimo que fosse seu erro. E agora perder tantas cabeças de vacas mais produtivas e simplesmente virar a costas era surreal, até eu me surpreendia comigo mesmo!
O relógio marcava meio dia tinha dado tempo suficiente para os ratos fugirem, uma euforia me engolfava, minhas mãos coçavam dentro das luvas segurando as rédeas do cavalo. De um ponto alto da fazenda consigo avistar de longe a movimentação na mata onde existe uma quantidade grande de limoeiro e leiteiras.
Tenho muitos jagunços ao meu comando: são leais como cães ferozes espalhados por toda a Santa Ana. Trabalham juntos levando os malditos exatamente onde eu quero os fazendo de: iscas vivas e nem sabem. Eles acham que conseguiram se livrar do meu chicote o que eles vão encontrar no caminho será muito pior e muito mais doloroso.
Idiotas são meros peões de um grande tabuleiro, eu sou o rei e só jogo pra ganha, no momento que sai do curral convoquei o jagunço Jacinto para espalhar entre os trabalhadores que o carreador leste da fazenda estava interditado por causa da chuva forte, que uma cratera havia se aberto na estrada.
Dito e feito! foram como moscas quando vê um pedaço de carne exposto e ficam atraídas e todas voam na mesma direção pousando e se degustando naquela carne. O carreador é estreito nas laterais existe uma cerca viva de arranha gato seus ramos se encontram a tal ponto entrelaçados que é difícil passar através deles, seus espinhos são finos e letais.
A Santa Ana tem um sistema de rádio sofisticado para nos comunicar entre si, Jacinto chama me avisando pelo rádio que eles estão se aproximando do fosso: um lugar especial e afastado que mandei construir onde desenvolvi uma espécie letal de javali: maiores, mais fortes, extremamente agressivos, assassinos, devoram qualquer coisa a sua frente sem se importarem com o tamanho. Atacam em bandos: devorando em segundos suas presas sem chance de defesa.
-Tragam os cães, cambio. Mandei pelo rádio. Quando ouviram os cachorros já estavam encurralados segui com meu cavalo fiquei alguns metros o cheiro do medo tomando o ar. Desesperados, os gritos de pavor ecoavam meus ouvidos como música, imploravam por perdão por suas vidas.
Não haveria perdão, quatro tentaram fugir evidenciando que estavam juntos naquela porcaria. Comigo não existe conversa pedidos de desculpas ou lamentação sou a lei e a minha palavra basta! Errou sobre minhas terras? Arque com as consequências.
Não tinha saída o arranha gato, os cães e a frente os javalis famintos. Um deles tentou jogar a culpa no mais novo que no mesmo instante se defendeu a os gritos dizendo que a ideia foi do mesmo.
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O Cheiro do pecado completa.
RomanceObra completamente fictícia, nome lugares, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. UM ROMANCE DARK. Para maiores de 21 anos, contém cenas de violência, física e verbal.