CAPÍTULO 18 HORTÊNCIA.

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HORTÊNCIA CAPÍTULO 18.

BARGANHA, UMA VIDA POR UMA NOITE.


Me levanto num sobre salto da cama com o barulho estrondoso de algo sendo partido ao meio. Bato minha mão no interruptor que está logo ao lado da minha cama e a luz clareia a pequena cabana. Meus olhos se deparam com a imagem que jamais em minha vida achei que poderia presenciar.

O diabo montado no seu cavalo que sacode a cabeça e bufa protestando o ato do seu dono que tem um olhar de luxúria e poder sobre mim. -É louco?  Somente um louco teria uma atitude descabida como essa, como ousa, essa é minha casa, e você está invadindo minha privacidade o meu lar.

Ele parecia não ouvir minhas palavras, desmonta o animal dando um tapa na anca do mesmo que volta de marcha ré sumindo na escuridão da noite. Caminha na minha direção em passos curtos e lentos analisando meus movimentos rumo onde estou sentada. 

Pulo da cama no chão agarrada no lençol, e ele para. -O que quer? O que faz na minha casa? Não pense que me assusta me olhando dessa forma predadora, não vai me intimidar!

-Eu sei, e isso é fascinante, seus olhos mostra todo o seu pavor com minha presença, mas suas palavras são cuspidas com muita coragem, eu gosto disso, faz meu sangue ferver e minha alma sacudir encantada. -Não se aproxime, você me dá asco, acha que pode invadir minha casa e me tocar como fez outro dia? Eu não vou permitir.

-Suas palavras aguçam ainda mais os meus desejos, que pede mais da sua pele, deixa meu corpo sensível somente pela roupa que estou vestido, pede desesperado pelo seu em aflição.

-Seu demônio! Saiba que eu e meu corpo não lhe quer, o simples som da sua voz para mim é repugnante. Tiro o lençol que eu segurava em volta do meu corpo o lançando ao chão.

-Olhe o que seu desejo animal fez com meu corpo, as marcas dos seus dentes ainda estão bem visíveis a olho nu, que tipo de homem é você que age como um monstro com uma mulher, e porque eu? Não te fiz nada, nem o conheço.

Não consigo conter minhas lágrimas que escorrem por minha face sem controle mesmo que eu não queira. Ele me encara da mesma forma, todo o meu lamento não serviu de nada para ele.

-Eu quero o seu corpo, e tudo o que ele pode me oferecer. -Não, você é surdo?! Grito. -Você me violou, me machucou, me humilhou da forma mais nojenta que existe sobre a face da terra, me fez sentir imunda, mais o imundo é você.

-Acha que vai me assustar com seus gritos, e esse testo de repudio contra mim. Não sou os medíocres dos meus funcionários que ponho pra correr, derrubando do cavalo, ou chicoteando, eu sei exatamente o que quero e o que vim fazer aqui. Só irei embora quando o seu corpo acalmar o meu, e curar essa febre que sinto quando estou na sua presença.

-Não tem direitos algum sobre mim, não pode me forçar a entregar meu corpo a você, eu sei me defender, conheço meus direitos. O Diabo cabeludo solta uma gargalhada horripilante me causando calafrios na minha pele, me assustando.

-Minha criança, não seja ingênua, conhecer ou saber dos seus direitos não muda nada, eu sou a lei nesse lugar, até onde suas vistas alcançarem. Engula seu orgulho e venha até mim, antes que minha paciência se esvaia e eu apegue pelos cabelos e a araste até sua cama que me parece bem macia e convidativa.

Eu estava a alguns passos dele, a visão do meu corpo nu da cintura pra cima, cheio de marcas o deixou enebriado de tesão.  Esticou sua mão para que eu a segura-se, mas não fiz, eu recuei e cuspi nele, depois de ter feito isso me lembrei que da última vez que tive essa atitude ele reagiu de forma violenta me dando uma bofetada.

O Cheiro do pecado completa.Onde histórias criam vida. Descubra agora