HORTÊNCIA CAPÍTULO 24.

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  SEM CORREÇÃO E CONTÉM ERROS.                            


HORTÊNCIA CAPÍTULO 24.

LOUCURA OU PAIXÃO


Segui os peões até o quarto, eles depositaram o coronel e saíram, logo em seguida o tal jacinto entrou.-Me diga do que precisa e eu buscarei? Respirei fundo e dobrei a manga da camisa que eu vestia, era uma camisa azul clarinha e não era minha, não tinha nem me dado conta, mas isso não é importava agora.

-Esse homem precisa ser levado a um hospital. Disse a ele o fitando. -Não ele precisa de um médico e isso já temos, ele é um homem forte logo vai acordar. Fitei o homem a minha frente e o desafiei.

-Quem é o médico aqui eu ou você? Os olhos dele foram de encontro ao homem depois se voltaram para mim. -A Dona conhece das medicinas, mas eu conheço meu coronel e quando digo que ele é forte, eu sei do que to falando.

-Ele levou uma pancada na cabeça isso não é brincadeira é grave. -A Dona não vai consegui me enrola e leva-lo a um hospital sem a autorização dele, ele me cortará a cabeça quando acordar. A Dona entendeu agora, isso que é grave.

-Eu não vou discutir, o senhor é um teimoso, seria mais fácil tirar leite de pedra do que o convencer. Me arrume uma toalha limpa e uma bacia com água preciso limpar esse sangue e encontrar o ferimento.

O tal Jacinto saiu me deixando sozinha com ele, me aproximei da cama e o encarei, olhando assim, não parece tão assustador pensei. Jacinto voltou com o que pedi rapidamente e me entregou.

Pus a bacia com água em cima do criado, molhei a ponta da toalha e comecei a limpar o sangue que estava secando em sua face, o Jagunço não tirava os olhos, ele me vigiava como uma águia todos os meus movimentos, era desconfortável.

-Pare de me olhar dessa maneira eu não vou fazer mal a ele, aprendi a salvar vidas e não ceifa?!

-A Dona me desculpa não queria ofende-la. -Não me ofendeu, mas é desconfortável.

Enquanto falava com o homem continuei meu trabalho e encontrei o corte bem na entrada do cabelo do lado esquerdo, não era grande, o sangue estava estancado, mas o impacto foi forte e o derrubou. 

Quem teria tanto ódio dele para enfrenta-lo dessa maneira sem medir as consequências? Todos irão paga pelo ato impensado de um, ele tem que acordar logo.

Os cabelos negros tinham se juntado por conta do sangue espalhado, ele não tinha febre não gemia apenas dormia. -Eu não tenho mais o que fazer a não ser esperar ele acordar, pode ir eu ficarei com ele. O homem pensou por um segundo se saia do quarto ou não, caminhou até a porta e falou.

- Ele não sabia que o jagunço tinha ido atrás da Dona, o homem agiu por conta própria, e teve o que mereceu.-Isso não é motivo para desmembrar uma pessoa, o que eu vi foi monstruoso. O respondi sem ao menos me virar para ele, mas sentia sua presença ao meu lado.

-Meu coronel teve as razões dele, talvez agora a Dona não estaria aqui.-O que quer dizer com isso, seja claro aquele homem foi morto por minha causa?

-Acho que a Dona tem a resposta. O homem passou pela porta e a fechou em seguida me deixando com as dúvidas e os pensamentos fervilhando. Voltei minha atenção para o coronel eu estava sentada na beira da cama e ele estava bem no meio.

Eu não tenho resposta alguma estou tão perdida nesse fim de mundo já não sei mais em que pensar, porque ele mataria alguém por minha causa?

Olhei aquele comodo, não havia luxo era tudo muito simples, para um homem que exalava tanto poder, os móveis de madeira muito bem feitos por sinal, havia um guarda roupas, a cama padrão, dois criados, uma estante cheia de livros, uma escrivaninha, uma cadeira acompanhando, havia mais uma porta que com certeza era o banheiro.

O Cheiro do pecado completa.Onde histórias criam vida. Descubra agora