O Cheiro do pecado completa.

HORTÊNSIA CAPÍTULO 58.

SEM CORREÇÃO CONTÉM ERROS.

HORTÊNSIA CAPÍTULO 58.

COM AMOR E COM DOR.

Como se defender física e mentalmente de alguém que você sabe que tem o dom de provocar caos de todas as maneiras possíveis, como fugir de algo assim? A força eu não iria vencer, ele era mais forte, eu tinha que pensar rápido, eu teria que ser mais sagaz do que ele. Eu iria apelar pelo bom senso. Ou sentimentos ocultos entranhados dentro do seu ser.

Aliviei a pegada das minhas mãos no braço dele fechei meus olhos e subi minhas mãos com leveza sobre seus braços devagar, ouvi um rosnado bem perto da minha boca. Senti bem de leve a pressão da sua mão na minha mandíbula afrouxar, os pelos da sua barba se encostaram na minha bochecha mantive meus olhos fechados, insegura do que fazia.

Avancei minhas mãos com cautela e calma para seus ombros, ele soltou minha mandíbula enfiando as duas mãos na minha nuca segurou meus cabelos ali e puxou minha cabeça para trás eu gemi com a dor e um leve prazer. -Eu sei o que está fazendo? Rosnou na minha boca e eu abri meus olhos encontrando os dele próximo bem próximo, seu hálito quente estava sobre o meu.-Isso facilita as coisas. Mordeu meu queixo. -Irei deixar pensar que sim. O diabo era esperto.

Lambeu minha face, apertou minha cintura com mais força, roçou seu membro em minha barriga, e eu gemi mais uma vez contra sua boca. Seus olhos brilharam com desejo, com fúria.

-Porque quer me provocar dor? Sussurrei. -Não acha que minha cota de dor todos esses meses não foi suficiente. Quer me punir se vingar, me puna se vingue acabe com o que restou de mim. Tudo isso que disse que fará comigo irá doer, porque já passamos por isso antes, e doeu como o inferno. Mas nunca será comparada a dor que senti ao perder o nosso filho.

Eu o tinha atingido em cheio, eu vi sua dor no fundo dos seus olhos, seu monstro se afastou por um segundo, sua face se contraiu lamentosa. Tinha dor tinha angustia, estava igual ou mais destroçado, como eu.

Eu apelei me julguem se fui baixa, me condene, mas essa é a única arma que tenho para me defender, se vai dar certo ainda não sei porque seus olhos negros estão sobre mim e uma de suas mãos passeiam sobre minha face.

-Senti falta do seu cheiro? Roçou a boca no meu pescoço. - Da sua pele macia, do cheiro dos seus cabelos. Mordeu meu pescoço. Meu corpo respondeu a sua mordida, se arrepiando todo.

-Você me puniu todos esses meses, me afastou, me repudiou como se eu fosse um bicho imundo. Disse num fio de voz com sua respiração aumentando.

-Eu o puni, mas eu tinha motivos e não eram poucos, você tem consciência disso não tem? Fechou os olhos num gesto nítido de irritação, eu mantinha minhas mãos sobre os ombros dele, mas agora eu pressionava um pouco meus dedos em seus ombros sobre seu terno negro, impecável.

-Sentiu saudades de mim Coronel? Subi uma mão por dentro dos seus cabelos cumpridos tampando suas orelhas, massageei o couro cabeludo dele devagar e dei um leve puxão. Sua atenção estava toda direcionada ao que eu fazia na sua nuca. A fera estava se deixando levar, enfiei outra mão por dentro do seu paletó arrastando a mão nas suas costas. A insegurança estava dando lugar a ousadia, ele estava aceitando já não me olhava com raiva.

-Eu estava com raiva, com ódio o culpei e ainda o culpo. Mas eu senti sua falta, vivi em contradição todos esses meses. Entre querê-lo e odiá-lo.

-Eu passei todos esses meses em um completo inferno, não podendo vê-la, tocá-la, beijá-la. E ainda era obrigado a ver você sorrindo para aquele doutor de merda. Minhas mãos foram pegas rapidamente e suspendidas para o auto da minha cabeça. Segurou com uma de suas mãos com força contra a parede, me assustei.