LÚCIOS CAPÍTULO 15.
DESTINO UMA FACA DE DOIS GUME QUE NÃO CONTROLAMOS.
Eu sai da Santa Ana acompanhado dos meus homens com um propósito, mostrar aquela forasteira que não existe democracia por essas bandas, e sim a minha vontade e que suas reuniões, sindicatos e pontos de vista iriam para o inferno junto com ela.
Mas tudo se sucumbiu quando sua voz penetrou a os meus ouvidos, eu me esqueci completamente o que tinha ido fazer lá. O jeito autoritário com que ela se dirigiu a jacinto mostrava sua personalidade forte e feroz me atraiu como uma abelha no mel.
Quando me aproximei e o cheiro do seu corpo me inebriou, me levando ao pecado da carne me despertando, tirando todo o meu alto controle era surreal, me deixei ser tomado pela besta que a anos pedia libertação e a deixei sair.
Mas quando toda aquela loucura poderosa que tomou meu corpo foi saciada, me dei conta do que eu tinha feito, minha alma foi sucumbida para as trevas e agora não tem mais volta, tudo que já repudiei um dia eu tinha me tornado, um imundo, violador.
Soltei seus pulsos e ela caiu sobre o chão, ajeitei minhas calças e quando a olhei ali caída toda mordida e chorosa senti uma dor no peito. Quando tentei me aproximar dela para tocar seus cabelos e pedir perdão, aquele perfume tentador se infiltro novamente nos meus poros eu recuei. Quem diabos era aquela mulher e que poder era aquele que exalava dela e me consumia daquela forma indecente?
Peguei nas rédeas do meu cavalo para monta-lo, mas ele se afastou me repelindo.
-Passei minha mão direita sobre seu pelo e disse: -Shiiiii sou eu garoto. O animal se remexeu e relinchou, o montei e sai dali debaixo da chuva.
Voltei na Santa Ana desmontei do meu cavalo entrando direto para o meu quarto, fui até uma escrivaninha peguei uma chave dentro de uma caixa pequena que ficava sobre a mesa enfiei a chave dentro da fechadura de uma das gavetas e peguei um chicote pequeno que eu mesmo fiz.
Me ajoelhei no assoalho de madeira do meu quarto desabotoei minha camisa e a joguei no chão, passei a mão no pequeno instrumento cheio de tentáculos de couro negro e o lancei sobre as minhas costas. Cada chibatada era um grito de dor, e repreensão, fiz isso repetidas vezes até não sentir mais meu braço direito, depois passei para a mão esquerda e repeti tudo outra vez incansavelmente.
Eu me puni por mim e por ela, pelo que eu fiz e pelo o que eu a fiz passar, me auto flagelei até não sentir mais o contato do couro sobre minha pele. Meu corpo caiu sobre o chão de madeira fria, o ar se tornou pesado naquele comodo e o cheiro de sangue era a última lembrança que domava meus pensamentos e sentidos.
SONHO
-Lúcios porque está prendendo as cigarras? Porque não deixa elas livrem para cantar.
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O Cheiro do pecado completa.
RomanceObra completamente fictícia, nome lugares, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. UM ROMANCE DARK. Para maiores de 21 anos, contém cenas de violência, física e verbal.