O Cheiro do pecado completa.

HORTÊNSIA CAPÍTULO 42.

SEM CORREÇÃO CONTÉM ERROS.

HORTÊNSIA CAPÍTULO 42.

SEM SAÍDA.

Mesmo com meus olhos carregados de lágrimas eu via que estavam chateados, magoados comigo, afinal de certa forma estavam certos, eu omiti meu relacionamento com o demônio. Eu no lugar deles também me sentiria traída.

Ele gritou feito louco dando a ordem para acabar com a festa, eu paralisei, olhava meus amigos que saiam com a cabeça baixa. Eu queria ir até eles e explicar de forma mais calma, mas não pude, ele não me soltava, parecia um cachorro segurando o osso.

Antes de sair o jagunço perguntou. -Precisarei voltar coronel?  Ele me olhou com os olhos brilhando e um sorriso macabro na boca. -Não, hoje eu ficarei aqui. Como assim ele fica será que passa por sua cabeça doente que dormirá comigo, depois do que fez?

O jagunço se despediu com um aceno e se foi com os outros, seu José queria me dizer algo, mas o facínora arqueou suas sobrancelhas a ele e o mesmo se afastou com seu amigo serafim. O velho sanfoneiro me deu um sorriso singelo e dois tapas nas costas de seu José em seguida disse algo a meu amigo que não ouvi.

Ele também parecia decepcionado, saiu com os ombros caídos e passos curtos, eu preso no facínora sem poder dar um abraço no meu amigo e me explicar. Artur saiu chorando do lado da mãe e Madalena me deu um aceno negativo reprovando o que fiz.

Será que perdi a confiança dos meus amigos? Será que me virarão as costas depois dessa bomba? Que os pegou de surpresa, sinceramente eu peso a Deus que não, eu os amo e os tenho como família.

Depois que todos se foram senti sua mão se afrouxar da minha, comecei a socar seu peito e chorava como louca, eu estava desesperada eles não iriam voltar, eu sentia a dor em seus olhos.

-Porque fez isso não percebe que me faz sofrer? -Isso se chama lei do retorno, você me provocou me atiçou me deixou doido por você e depois de deixar meu corpo em chamas, simplesmente se afastou me mandando tomar banho frio!

-É o que merece! -Esse é o seu pensamento não o meu. 

-Está satisfeito, está, conseguiu o que queria, afastar todos de perto de mim. Que merda de amor é esse que sente por mim que me faz infeliz. -Pare de gritar eles voltarão, você é a Dona deles não se deu conta disso? Ele me prendeu no seu corpo, parei de soca-lo cansada de brigar e reclamar.

-Não quero ser a Dona deles, quero ser a amiga. -Você é, eles a amam, ficarão chateados alguns dias, mas vai passar. -Seu demente, não tinha o direito de falar nada, não cabia a você.

-Pois eu cansei, agora quero que todos saibam que me pertence que é minha mulher, não quero peões olhando pra você e babando como cães.

- Você é ridículo não lhe pertenço, não sou um objeto fez isso por ciúmes idiotas. Ele me segurava presa pela cintura, seus olhos abertos me investigando.

-Parabéns coronel, sua truculência acabou com a primeira festa que esses pobres coitados tiveram em toda a vida deles, se senti feliz conseguiu seus objetivos?

 -Não, é aí que você se engana, o que eu quero ainda não consegui. Meus braços foram levados para trás das minhas costas e sua cabeça entrou no vão do meu pescoço.

-Nem ouse coronel. Ele gargalhou alto jogando sua cabeça para trás em seguida me olhou.

-Minha doce criança, essa noite eu a farei minhas inúmeras vezes até o meu corpo e o seu falecer exausto. -Não, eu não vou permitir. -Sua recusa é inútil. Ele falava sério alias ele nunca brinca quando se trata de sexo, seu instinto animal grita mais alto.