O Cheiro do pecado completa.

HORTÊNCIA CAPÍTULO 23.

SEM CORREÇÃO E CONTÉM ERROS.

HORTÊNCIA CAPÍTULO 23.

AJUDE O DEMÔNIO E SALVE O POVO... SERÁ?

O que é coragem?  Coragem é um ato de grandeza, perseverança, uma atitude firme de bravura e até ausência de medo. Coragem é algo que tiramos de dentro de nossas entranhas, para proteger ou resgatar a quem amamos ou apreciamos. Eles chamavam por meu nome, queriam saber o que fizeram comigo, agora eu entendo porque eles temem esse homem e chamam ele de demônio.

Para agirmos com coragem passamos por cima dos nossos próprios medos, estavam todos ali inclusive as crianças com suas pequenas mãos cheias de pedras, meu coração doeu. Eu vi em seus rostos determinação. 

Coragem é   pensarmos positivamente e acreditar que irá dar certo. Coragem é a força positiva para combater situações tenebrosas e não se preocupar com o pior, mesmo sabendo que pode custar sua própria vida.

Eles tinham se despertados de coragem e bravura, ameaçaram, gritaram com aquele homem o, desafiaram de peito aberto, armados com o que encontraram pelo caminho, mas atos assim extremos tem consequências, e acredito que não pensaram sobre isso.

Acordei desorientada sem saber onde estava, a única certeza era que aquela não era minha cama, o cheiro dele penetrou minhas narinas e meu corpo se arrepiou de pavor. Fechei meus olhos e tateei a cama, será que ele estava ali, eu não via nada ao meu redor somente o escuro.

Fechei meus olhos novamente e me concentrei, organizando meus pensamentos e vi claro como a luz do dia o que ele estava fazendo com aquele homem.

Vi o exato momento que seus dedos entraram na cavidade ocular e eles explodiram, a sensação de medo me tomou e eu tremi, os segundos se passaram e eu continuava sentada e tinha medo de me mexer, não consegui controlar meus tremores e agonia.

Minha mente se acalmou e me pedia para respirar, pense se ele fosse lhe fazer algo parecido com o que fez com aquele homem não estaria deitada em uma cama?

Eu suspirei fundo, busquei o ar profundamente e soltei devagar, e o pavor ainda me consumia, mas eu podia controla-lo, fechei meus ouvidos com as duas mãos, havia muito barulho no escuro, não saber onde estava a confusão de pensamentos me senti perdida.

Gritos entravam por todos os lados, parecia uma orquestra, mas aí me dei conta que não era coisa da minha cabeça, era real. Me enchi de coragem, joguei meus pés para fora da cama e levei minhas mãos a minha frente, tateando o escuro, encontrei a porta e segui os gritos. 

Ouvi a voz do meu velho amigo seu José, adiantei meus passos e encontrei uma sala rústica com a luz acesa, logo em seguida a porta, me deparando com todos os meus amigos a minha espera. Gritei. -Parem todos, eu estou aqui!

-Meus olhos cruzaram os olhos da fera que vi em plena luz do dia, mas não enxerguei demônios apenas um homem sendo enfrentado por uma multidão que ele mesmo oprimiu por anos, estava furioso com a audácia daquela gente.

Algo foi lançado do meio do povo direto a sua cabeça, a fera rugiu e foi abatida, caindo ao chão e se perdendo no silencio, seus cabelos negros como a noite se tornaram vermelhos. A multidão se calou de ante daquele homem caído.

A visão que todos tinha daquele homem era que ele era inatingível, poderoso, sua voz quando ouvida parecia um trovão, era forte e temido, mas agora vendo ele caído era apenas um homem precisando de socorro igual a todos ali.

Tem quem diga que quando se faz algo ruim em vida, quando morre vai para o inferno e paga por seus pecados. Eu penso diferente, acho que o inferno é na terra, quando somos ruins e fazemos o mal, começamos a pagar aqui mesmo.